sexta-feira, junho 24, 2011

Jordão: Um clamor no deserto!



Uma das mais belas disciplinas da Teologia é a geografia bíblica. Embora não se disponha de recursos audio-visuais, há o poder da imaginação, para contemplar os lugares e locais mensionados nos textos bíblicos. Desde as primeira narrativas do Velho Testamento no Éden, até a ilha de Pátmos onde João viu o Apocalipse, os cristãos viajam no tempo pelas asas da fé.


A Bíblia descreve lugares que a grande maioria da humanidade gostaria de ver. Inclui-se aí judeus e muçulmanos, que, junto com cristãos, formam as três maiores religiões do mundo.


Quem não gostaria de ter estado no Éden, ter lutado ao lado dos israelitas na saída do Egito, atravessado o Mar Vermelho, ter ultrapassado o Jordao em plena cheia; contemplar a terra prometida com Josué e Calebe, e trazer o maior cacho de uvas do mundo?

Os cristãos imaginam-se assentados junto aos rios de Babilônia a consolar os que estavam com saudades de Jerusalém, ao lerem o Salmo 137. Quem não gostaria de estar naquela noite esplêndida, com os pastores a contemplar a Estrela de Belém, brilhando na escuridão, e ouvir o exército angelical cantando "Gloria a Deus nas alturas? Quem não visualiza pela fé a chegada à mangedora dos magos ao entregarem seus presentes, e, mais tarde os pais de Jesus a procurarem o menino no meio da multidão na volta  para casa e quando o encontraram no meio dos doutores? Quem não imagina Jesus andando sobre as águas, dormindo na proa do barco em meio a tempestade e ao ser acordado repreender o mar e o vento, e ver a cara de espanto dos discípulos a dizer: " Quem é este que até o mar e o vento lhes obedecem ?" Quantos queriam ter visto Jesus se aproximar do Rio Jordão onde João batizava e ouvir deste: " Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo." E quando Jesus saía da água, ver o Espírito Santo descendo em forma de pomba e pousar sobre Ele, enquanto a voz do Todo-poderoso ecoava: "Este é o meu filho amado em quem tenho me comprazo." Em todas essas cenas, cristãos, judeus e mulçumanos gostariam de ser pelo menos figurantes.

Boa parte destes cenários foram preservados. Mesmo assim, eles jamais serão maiores que as cenas (A Palavra) e o ator (Jesus). Tudo passa! " Passarão os céus e a terra, mas as minhas Palavras não hão de passar".

O Rio Jordão, é um desses cenários. Ele nasce à sombra do monte Hermom. Há ali o encontro de quatro correntes de águas que descem das montanhas do Líbano. Perto dali está a cidade de Dã, e no tempo do Novo Testamento, Cezaréia de Felipe. É o maior rio da Palestina. Separa Israel da Jordânia. Do lado israelita é chamado em hebraico de Nehar-hayarden, do lado jordaniano de Nahr Al-urden (em árabe ). Os dois nomes significam declive e/ou bebedouro. Logo que nasce, o Jordão atravessa o lago de Meron (drenado por causa da malária ), segue para o Mar da Galiléia até desaguar no Mar Morto. Em determinados lugares sua profundidade é de 3 a 4 metros, e a largura de 30 a 40 metros. A maioria do curso de seu leito é abaixo do nível do mar, chegando a 400 metros na desembocadura, no Mar Morto. Seus principais afluentes são o Rio Hasbani e Rio Dan.

Todos os anos, os mais de cem mil peregrinos qur se reúnem às margens do Baixo Jordão, para batismos e/ou renovação de fé e injetam milhões de dólares nas finanças de Israel e Jordânia, agora são avisados por cartazes espalhados pela vigilância sanitária israelense: " Proíbidos os bastismos em virtude da poluição". Outros advertem: Banhar a seu risco e perigo". O governo ao assinar o decreto de proibições relatou: " Graves perigos para a saúde no contato humano com a água altamente poluída".

O Jordão hoje, mal cheiroso, infestado por algas, de águas quase parada esverdeada, não é mais alimentado pelo doce lago Tiberíades - o Mar da Galiléia. Virou um rio de lama, de excrementos humanos das comunidades ribeirinhas (348 mil pessoas vivem as margens do Jordão), tóxicos de irrigações agricolas e restos de psicultura.

Quem se aproxima do velho Jordão, lembra logo de personagens que por ali passaram. Do Pioneiro Abrão (Abraão ); que ali Jacó e Esaú, fizeram as pazes; que ali Josué atravessou aquelas águas para chegar à Canaã. Que Elias - o profeta, logo após o haver ultrapassado, foi elevado aos Céus, e que ali Elizeu curou Nahamã - o leproso.

Das margens do Jordão, João Batista exortava ao Judeus, protestava contra o adultério do Rei Herodes o Tetrarca e por isso perdeu a cabeça. Desde as margens daquilo que era o Jordão, a ONG Friends of the Earth Middle East (FoEME), administrada por integrantes de Israel e Jordânia, gritam aos seus governos: " Salvem o Jordão", mas parecem clamar no deserto!

domingo, dezembro 06, 2009

O trem da nova vida!

Como se fosse um grande trem lotado, assim é a vida no mundo. São muitos os seus passageiros. Há quem não chegou a embarcar. Não conseguiu ou não o deixaram ao menos vê-lo. Outros que embarcaram mas, desceram nas primeiras paradas. Mal deu para observar a paisagem pela janela. Esticar os braços e colherem algum fruto pelo caminho. Ainda há outros que fazem grande parte do itinerário.

Tornaram-se conhecidos e até famosos. Fizeram grandes amizades, que parecem ser a extensão da própria existência. Influenciaram outros passageiros com sua maneira de ser no dia-a-dia. Modificaram a paisagem com boas obras, embelezaram o caminho dos demais com um sorriso sempre alerta!

Embora cansados, maltratados, estressados pelos solavancos da viagem da vida, não demonstraram fadiga, servindo de estímulo aos novos passageiros. De repente o trem modifica sua marcha. O Maquinista avisa àquele passageiro descontraído, que ele descerá na próxima estação. Há quem reclame ou insulte ao condutor, mesmo assim, não há como continuar, chegou particularmente sua parada final. O percurso acabou pra ele. Por mais rico que seja, não pode pagar para continuar. Aquela passagem foi uma cortesia. "Pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração e todas as coisas"(At 17.25 parte b).

E o grande trem azul-prateado continua. Como no início, sempre está embarcando e desembarcando gente. Grandes e pequenos, deixando um vazio tão grande, deixando uma sensação que aquele passageiro ocupava dez poltronas. Vazio que se torna em saudade, ausência do companheirismo, da troca de informações, dos conselhos, do apoio diário, da cumplicidade.

Os remanescentes da locomotiva, não sabem quando vão parar. Todos ganharam uma passagem por tempo ilimitado. Somente o condutor sabe aonde e quando ficarão. Em toda a tragetória o Maquinista fala, adverte, chama a atenção dos perigrinos para escolherem o tipo do próximo trem que certamente embarcarão depois da ultima parada de cada um, no trem comum. Fala que por mais belo que seja o azul-prateado daqui, não é para se comparar com o expresso do por vir.

O trem daqui é transitório, mesmo usando um combustível precioso como o oxigénio, acaba. O trem da nova viagem é eterno! É mais que prateado, é de cristal. Seu trilhos são de ouro com dormentes de prata. Foi adquirido por um preço indescritível. Não com esses metais preciosos, mas com o sangue daquele que o conduz.

Reservemos pois a nossa passagem neste trem, antes da nossa ultima parada aqui. Se descermos do trem que viajamos, antes dos companheiros, dormiremos tranquilos e despertaremos com o apito para a nova tragetória. "...os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras"( I Ts 4. 16ª e 17-18).

Será o maior ajuntamento, numa grande estação, quando embarcaremos no TREM DA NOVA VIDA.

domingo, novembro 22, 2009

O Big-bang de Deus.

Ao criar a terra e os céus(Gn.1.1) Deus faz do homem o ápice de sua criação. Dar a este ser, atributos que não deu a nenhum outro, a razão. Consequentimente o poder de administrar o que foi criado. A Teologia denomina isso de "mandato cultural". Não obstante, o homem não se satisfêz com tamanha honra. Ele quis mais, e impulsionado pelo inimigo do Criador, desejou saber mais, conhecer os extremos, o bem e o mal.

A ciência foi citada pela primeira vez, ainda no Jardim. De lá pra cá, ela busca constantemente justificar por outros meios as ações do Criador. Começando pelo momento da criação do próprio mundo, assevera que, no início era somente um pequeno ponto no firmamento, do tamanho da cabeça de um alfinete, que foi crescendo, aumentando sua massa e aí o Big-bang! Convenhamos que, realmente isso tenha acontecido, mas, quem fez a cabeça do alfinete? Quem o fez crescer até explodir?

No prncípio a Terra ea sem forma e vazia(Gn 1.2). Uma massa implodida tem forma?
O ser humano depois do pecado, sempre quis ser auto-suficiente, rebelde porque o pecado antes de tudo é rebeldia. Contudo, Deus não retirou o encargo administrativo dado ao homem. No entanto, o ser humano agiu sempre conforme os seus interesses, fora do plano divino. O exercício do mandato cultural, tem sido desastroso. O homem tornou-se um péssimo administrador. Promovendo conflitos e agredindo ao meio ambiente.

Todo o problema, é porque, Deus, não concedeu o poder de admistrar a criação, para ímpios devastadores. No Antigo Testamento, foi elaboradas leis, havia cultos perfeitos, ética e ordem social. Na atualidade, as Igrejas têem a missão de preparar os crentes para serem administradores de tudo que foi criado, como Ele planejou. Deus criou seus filhos para as boas obras(Ef.2.10). Não futuramente, no além, mais aqui e agora! Ele quer promover pela sua palavra, através de sua Igreja, os valores do seu Reino: Justiça paz e liberdade. Para isto precisamos resplandecer como astros no mundo, com o propósito do Pai ser glorificado(Mt 5.16).

A Tv, o Rádio, os Jornais, a Internet, a Ciência, a Política e os esportes, poderão ser usados como nosso "velador". O que acontece nesses meios, tem grande repercusão. Se não usufruimos deles amplamente, isso é fruto de leituras e interpretações equivocadas da Bíblia. Somos cristãos brasileiros! Temos o dever de conhecer e influenciar a cultura, a política e a administração de nosso país, com uma participação responsável.

Devemos levar às escolas, aos partidos políticos e às organizações não governamentais, o conceito de mordomos traçado por Deus. Através das Escrituras, assim como campanhas cívicas, ecológicas, filantrópicas, bem com ideais de segurança, essa ultimo, o primeiro quesito numa escala de um a dez do povo brasileiro.

Esse mundo malígno atual, não é criação de Deus. É obra daqueles que negam os ideais da criação divina, cujas práticas devemos combatê-las como filhos que somos daquEle que amou o mundo e deu a vida por ele. Temos o dever pelo "examinar" as Escrituras, de separar costumes antigos de princípios eternos. Devemos ser normais, integrados à vida do nosso país. Isolamento, esquisitice, anacronismos, não são testemunhos, mas sua negação. Somos adoradores do Deus eterno, que criou um mundo de muitas cores, dando-lhe forma, muitos movimentos, lícitos prazeres, em fim, a vida!

Como cristãos temos um gosto nacional, e a nossa nação terá um sabor eclesial, quando assumirmos uma participação efetiva na vida brasileira. Façamos a diferença, isto já estava previsto no Big-bang de Deus.

quarta-feira, julho 22, 2009

1964: Uma Revolução de Paz!

Homenagem ao irmão João dos Santos.

No início deste ano, fiz uma homenagem à irmã Zeza, por ocasião dos seus 80 anos. Este mês faço uma honraria a João Antonio dos Santos.

Para os irmãos da igreja, irmão João dos Santos, para os velhos amigos, seu João Clarindo, para irmã Zeza, simplesmente o "João". Para mim, um cidadão inteligente, um intelectual no seu tempo, criterioso e legalista. Assim era meu pai.

Irmão João dos Santos, nasceu no dia 24 de Maio de 1.917, no município de Barras - PI, hoje com uma população de 43 mil habitantes, e a 126 Km ao norte de Teresina, a capital do Estado do Pi
auí. Casou-se a primeira vez aos 17 anos e enviuvou aos 35, casando-se pela segunda vez com a jovem Maria de Jesus Coelho Santos - a irmã Zeza. Nasceu no periodo da primeira grande Guerra mundial, mas gostava de pregar o Evangelho da paz! Nunca quis ser responsável por uma igreja, embora tenha iniciado várias delas.

Era um homem bem informado na sua época. Acompanhava o noticiário internacional pela BBC de Londres; em um rádio "jaboti" ainda a base de velas, daqueles que agente ligava e esperava esquentar. Assim acompanhou todo desdobramento da segunda grande Guerra Mundial. Isso o levou a alistar-se para o combate, nos campos da Itália, mas, antes de embarcar para o Rio de Janeiro e atravessar o Atlântico num daqueles bimotores da FAB e juntar-se a FEB-Força Expedicionária Brasileira, ouviu pelo seu "jaboti", que havia amanhecido o dia "D". (06 de Junho de 1944, quando deu-se a maior operação militar-aeronaval da história.

Naquele dia, 155 mil homens, dos exércitos dos EUA, Inglaterra e Canadá; lançaram-se nas práias da Normandia, região da França, dando início a libertação européia do domínio nazista).

Em seu tempo de vigor era um lutador. Criou boa parte dos filhos, como empresário do ramo da panificação. Acordava todos os dias as duas da manhã para comandar os padeiros no "levantar da massa" - processo de fermentação. Compensava um pouco o sono, depois do almoço, proibindo a meninada de fazer "zuada" ( barulho).

Seu João Clarindo, mudou-se para Teresina em 30 de Abril de 1961, vindo de União-PI, onde morou muitos anos. Tentou o mesmo empreendimento, não conseguiu êxito. Foi funcionário público estadual, depois municipal, chefe da extinta Suop - Superitendência de obras pública, no governo de Petrônio Portella, na Prefeitura Muncipal de Teresina.

Dono de uma caligrafia impecável e um conhecimento gramatical espetacular, virtudes supervalorizadas antes da era do microcomputador. Foi ainda escrevente de um cartório de registro civil em Teresina.

Em 1964, estourou a Revolução Militar, no raiar do dia 31 de Março, que levou o Brasil a uma ditadura, até 15 de Janeiro de 1985! Temeroso por si, pois era também sindicalista do seu velho ramo da panificação, e por seus amigos, como o irmão Francisco do Carmo e Raimundo Cruz, sincalistas da construção civil, já perseguidos pelos homens do Dops - Departamento de Ordem Pública e Social; o mais temível orgão repressor do famigerado golpe militar.

Neste mesmo ano, nas férias escolares das crianças, irmão João dos Santos e irmã Zeza, começaram uma Revolução diferente em Teresina, a qual modificaria a paisagem da cidade. Saíam a pé, da rua 1º de Maio no bairro marquês, onde morávamos, para um lugarejo, de uma meia dúzia de casebres, próximo a uma casa grande, estilo
senzala, numa clareira em frente ao portão do fomento agrícola de Teresina. O povo chamava esse lugar de Bonrusário. Mas tarde ficamos sabendo o nome correto: Buenos Aires. Não havia urbanização. A única via de acesso era uma estradinha de 2,5m de largura, esburacada, cheia de pedregulhos e erosão. Aqui e acolá, encontrávamos um Jeep-Willis, do dono da água mineral- o velho Aragão, apelidado pelo meu irmão Nel's Nelson, de 'dez mi-réis'. por causa da sua avareza.

Era preciso ter coragem, a estrada, que hoje deu o lugar à grande avenida Duque de Caxias, cortava uma floresta de mata virgem, na qual muitas vezes presenciavamos atravessar onças, guaxinins, raposas e cobras. Às vezes também, cotias, as quais eram perseguidas pelos meus irmãos mais velhos, sem sucesso.

O primeiro culto, foi dirigido no dia 15 de agosto desse ano, na casa de pau-a-pique, recém construída, do irmão Zé Celer, numa vereda, hoje rua Santo Antonio. Os cultos eram dirigidos sob muitas ameaças. Os moradores nos rodeavam com varapaus, cacetetes de jucás, facões e quando menos, jogavam pedras, vindas do meio do mato. Por várias vezes irmão João, interrompia a mensagem, para citar a Constituição Federal, que nos garantia a liberdade de culto. É precisso dizer que Jesus começou a salvar pelos valentões e o primeiro foi o saudoso irmão Anísio. Um de seus filhos , criança à época, hoje congrega no Dirceu I. A partir de então, muitos apedrejadores foram transformados em apedrejados por amor ao nome de Jesus! Alguns hoje em dia são diáconos, presbíteros e pastores.

O Senhor pisou a cabeça da Serpente, tomou a chave do abismo que estava posto, abriu a porta da Graça, e a porta que Ele abre, ninguém pode fechar!(Ap 3.7-8).

A paisagem mudou! Hoje em todos os bairros da zona norte de Teresina, em suas principais ruas, há um templo da Assembléia de Deus - missões e várias outras denominações.

João Clarindo, viveu em um mundo ainda muito simples. Não havia microcomputador, internet e não falou pelo celular. Ainda conversávamos na ca
lçada, e nossas janelas eram livres (sem grades) onde nos debruçávamos, olhando e sentindo o cheiro da chuva.

João dos Santos foi pai de 21 filhos, em dois matrimônios ,todos vivos. Sou o 4º do segundo casamento.

Deus o chamou em 18 de Julho de 1979. São 30 anos sem o irmão João dos Santos, sem Seu João Clarindo.

São 30 anos de esperança naquilo que diz o Apóstolo que ele mais gostava de citar... "nos encontraremos com
o Senhor nos ares, e aí estaremos para sempre com o Senhor. Consolái-vos uns aos outros com estas palavras. (I Ts 4.13-18)

segunda-feira, junho 15, 2009

Dízimos: Deus é o Juiz!

Pelo fato de ser um simples contribuinte, sem ter participação nos dízimos, sinto-me à vontade para falar ou escrever sobre o tema. E como teólogo, sinto-me também na obrigação de repassar os conhecimentos que Deus tem me dado.

A desenvoltura como contribuinte, é porque muitas pessoas e especificamente aquelas que não contribuem pensam que todo obreiro que ensina sobre o dízimo, esta legislando em causa própria. E quando pensam ou falam dessa maneira, erram não somente pelo fato de não devolver o dízimo, mas também por desfazer da palavra de Deus. Será que o dízimo é só para pagar o salário de obreiros? Nesta postagem pretendo dar subsidio ao meu filho Nilson Junior, um dizimista, mas, muito combatido.

O dízimo é devolvido pelos vencedores. Pelos que vencem a si mesmo, vencem a avaresa e a incredulidade. Foi instituido por Deus para manter a sua igreja aqui na terra. Onisciente, Ele previu que os poderes publicos alegariam um estado laico e não ajudariam em nada a Igreja. Deus criou o dízimo para sustentação do seu reino aqui na terra. Assim como uma nação é sustentada com os impostos. Em Malaquias 3.10 esta escrito: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, diz o Senhor dos exércitos...". em outras palavras: para que minha casa se mantenha. Pague as contas de água, luz, telefone; compre bancos ou cadeiras, e, até o pão e o vinho para a ministração da Santa Ceia.

Dízimo é um mandamento. Veja que o verbo está no imperativo: "Trazei" isso é uma ordem. Muitas pessoas querem fazer do dízimo moeda de troca e tentam barganhar. em Gn 28.17, Jacó mesmo tendo estado defronte a escada do céu, e reconhecido que aquele lugar não era outro se não a casa de Deus, ainda não pagava os dízimos. Disse ele: "Se me deres roupa para vestir, comida pra comer e me livrar da violência, de tudo pagarei o dízimo".

O dízimo, não era de Jacó. Como uma pessoa poderá negociar com Deus o que já é dele? Nós os Jacós, devemos devolver o dízimo, mesmo que sofressemos fome, nudez e fôssemos assaltados ou espancados.

Pessoas há que vivem gastando seu dinheiro dissolutamente longe do lar paternal e pensam que pagando o dízimo, manterão seus empregos, assegurarão a comida para comer e a roupa para vestir e viverão em paz. Contribuem como se Deus fosse um deus pagão que o adorador podesse aplacar sua ira com algum sacrificio.

Os farizeus davam o dízimo do endro, da hortelã, e do cominho, e achavam que poderiam enganar a Deus, e continuar com suas práticas hipócritas. O mestre, ratificou o dever deles pagarem o dízimo, mas não esquecer o mais importante que é a misericórdia a fé e a justiça.Quando Ele disse "deveis", já no Novo Testamento, pelo qual somos agora governados biblicamente, está ratificando a importancia do dízimo para a vida espiritual. Em Mt 9.13 Jesus ensina: "...misericórdia quero, e não sacrificios". Esses contribuem para si próprio, porque Deus não aceita sacrifícios de tolos.

Outros, procuram argumentos na própria Bíblia para não devolver o dízimo. Dizem eles que isto é um mandamento do Velho Testamento.

Argumento que cái por terra, quando lembramos que a Nova Aliança, veio ratificar a velha. Jesus disse que não veio para anular os mandamentos, mas, para cumpri-los. E foi o único que os cumpriu integralmente. Se o filho de Deus não anulou o Velho Testamento, quem somos nós para fazer isto? A igreja do Senhor precisa do dízimo aqui na terra, como o país precisa do Imposto de Renda para se manter. Se em você restou agora só a suposição ou até mesmo uma constatação de que o dízimo é mal administrado, lembre-se Deus é o Juiz.

domingo, abril 19, 2009

Jesus: O psicólogo onisciente!

Os profissionais da psicologia, afirmam que a depressão é uma doença que deve ser tratada como outra qualquer. Que jamais se deve motivar um deprimido com palavras como: Reaja, ou: você não pode se entregar assim; ou ainda: levante a cabeça! Dizem que o mais correto seria ser solidário e comungar com os sentimentos do deprimido. Dizem ainda, que a medicina conhece os sintomas, a causa, sabe tratar mas, somente o deprimido sabe o que sente. A medicina não sabe o que se passa no íntimo, abstrato do ser humano.

Um dia desses ouvi de um conceituado médico:" Há coisas que a medicina não sabe explicar!"

Existem mil e uma razões por quê uma pessoa poderá sentir-se deprimida. Nem os crentes estão incólumes a isto; afinal, são humanos. Não obstante, o cristão deve analisar com mais atenção a real condição daquele que é ou está deprimido. Esta análise deve ser feita biologicamente e espiritualmente. Deve se saber o que está acontecendo com a pessoa. Se realmente é uma depressão, estresse ou uma simples tristeza.

E o que é depressão? É a palavra mais usada na sociedade, em que o individuo define seu estado emocional e/ou espiritual. É comum ouvirmos: "Hoje estou pra baixo" e as vezes: "estou de baixo astral". Isto é normal no dia-a-dia. Então, qual é a diferença entre depressão, estresse e tristeza? Depressão se patológica, é uma doença como outra qualquer, que necessita de cuidados. Estresse é o acúmulo de cargas psicológicas, que desaparece à medida que diminui a fadiga. A tristeza é passageira, à medida que for substituida pela felicidade.

Os profissionais da área, usam uma simbologia simples para explicar melhor essa diferença, usando a metereorologia, fazendo um paralelo entre o clima e o tempo. O clima de uma região demonstra como ela é ao longo dos anos ou séculos. O tempo é a variação desse clima. Mesmo com esta belíssima comparação, não sabe o que passa com o acometido pela depressão, porque ela é puro sentimento!

Quais são os sintomas da depressão? Sensação de fracasso, lentidão física e mental, variação no apetite, alteração do sono, concentração dificultada por variação de pensamentos; falta de nergia e de interesse, são sintomas da depressão patológica. Então há outro tipo de depressão? Sim, com absoluta certeza. E, como a identificamos? Dissemos no início que a medicina conhece os sintomas,
causas e sabe tratar.

A depressão não patológica é aquela em que não há origem da causa, não há razão de existir. Um exemplo corriqueiro dessa depressão, é quando o individuo acorda deprimido, geralmente pela manhã. Então questiona a si mesmo o porquê de estar assim, fazendo uma auto-análise: "Não estou doente, nem alguém da familia, ou amigos, no trabalho está tudo bem, a despensa e geladeira estão abastecidas, a consciência não me condena, e o que está acontecendo comigo? Vai ao médico e , mesmo sem uma causa evidente, ele receita anti-depressivos de 0,5 mg. Quando o remédio acaba, você volta outra vez ao consultório e sai de lá com mais uma receita de psicotrópicos, agora de 1,0 mg. Você ainda questiona: Mas, doutor, não há razão para esta depressão existir. Vais ouvir aquela sonora resposta: "Há coisas que a medicina não sabe explicar" . Se você continuar com a medicação, vai terminar sendo hóspede do hospital psiquiátrico mais próximo.

O advento de Jesus, o seu ministério, a sua morte na cruz, são etapas do projeto de Deus-Pai, para a salvação do homem. Nestas três etapas o diabo colocou obstáculos para desarticular o projeto divino. Logo que Jesus nasceu, ele quis matá-lo através de Herodes. Ao iniciar o seu ministério, foi tentado pela exaltação: mostrar que era filho de Deus. Depois, tentado a tentar o próprio Pai e, por fim, trocar sua condição de adorado, pela a de adorador. Em todas essas investidas Jesus resistiu com a palavra de Deus, (Mt 4.1-11). Mas o diabo não desistiu. Um certo dia, quando o mestre dizia aos seus discípulos que haveria de ser entregue nas mãos de malfeitores, ser preso e crucificado, o inimigo mais uma vez pensou em interromper sua missão, e usou até mesmo um de seus seguidores, que, chamando-o em particular, disse palavras de desânimo, de desencorajamento, em tom de repreensão (querendo mostrar autoridade): " Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isto". (Mt 16.22) Jesus, o Psicólogo onisciente, não somente sabe os sintomas e a causa, mas sabe a origem da causa. Sabia de onde vinham aquelas palavras depreciativas e disse: " Para trás de mim satanás...".

A depressão patológica tem motivo aparente, é consequência de eventos desagradáveis. A depressão sem causa é de origem demoníaca.

Satanás procurou desencorajar a Jesus e impedi-lo de chegar ao gólgota. O diabo entrava em pânico só de pensar em Jesus, de braços abertos pela cruz, ao pronunciar: "Pai, em tuas mãos, entrego o meu Espírito". Jamais o inimigo de Jesus, queria ouvir o brado que selou a conclusão do projeto de salvação: "Pai, está tudo consumado!". Lúcifer já tremia de medo, em saber que seria esmagada a sua cabeça e que perderia a chave do abismo. Já sentia-se terrivelmente deprimido em ver que Jesus continuou firme até a morte; vencendo-a ao ser ressuscitado pelo Pai, quando um brado maior encheu de esperança a humanidade! "Todo poder me é dado nos céus e na terra". Não sobrou poder para o inimigo. Afirmar que encorajar um deprimido é errado, é mensagem diabólica, ou, no minimo, de quem "só compreende as coisas que são dos homens" (Mt 16.23b).

Deus conhece a estrutura humana, e fez de seu filho vencedor, contrariando todos esses argumentos. Desde o princípio Ele quer dar alívio ao angustiado. (Dt 4.30). Basta que O invoquemos (Sl 50.15). O salmista fez isto, e foi ouvido ( Sl 120.1) É importante sim, para o afetado pela depressão, fazer da fraquesa a força (Pv 24.10). Porque Deus nos ama, e Ele quer nos fazer vencedores.
"Em todas estas coisas, somos mais que vencedores por aquele que nos amou" ( Rm 8.37).

quinta-feira, março 19, 2009

Toda imprudência será castigada.

Alguns dias atrás li nos jornais que um senador, fez duras críticas ao seu próprio partido. Parte da imprensa considerou um desabafo, outra, um puxão de orelhas, chamando a atenção de seus pares para o estado, segundo ele, em que se encontra a agremiação.

A reação de seus correligionários veio de todos os lados. Alguns acusaram-lhe de anti-ético e outras coisas mais. Outros até concordaram com suas palavras mas, acharam que ele lavou roupa suja em público; levando em consideração o ditado popular. Fazendo uma leitura mais profunda disto, lembrei-me das palavras de Jesus: "Os filhos das trevas são mais prudentes em suas gerações, que os filhos da luz" (Lc 16.18).

A prudência, segundo o dicionarista Aurélio Buarque, é:
1. a qualidade de quem age com comedimento, buscando evitar tudo que julga fonte de erro ou dano.
2. Cautela, precaução.

Na verdade, toda instituição humana tem defeitos e, por isso, problemas; afinal são feitas por seres humanos. No entanto, mesmo admitindo seus erros, ninguém gosta de ver suas entranhas expostas. Nós os evangélicos, não estamos incólumes aos erros. O próprio Senhor Jesus admitiu isso, a partir daqueles que já o seguiam quando orou ao pai celeste dizendo: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal". (Jo 17.15). No versículo seguinte, Ele nos incluiu ao dizer: "Eu não peço somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim".

Sendo assim, somos propícios a erros e, por esta razão, jamais poderemos fazer o papel daquele fariseu que subiu ao templo e, ao lado de um publicano, orava em pé dizendo: "Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou o dízimo de tudo o quanto possuo". (Lc 18.10-12).

Infelizmente esse pensamento ainda permeia a cabeça de muitos cristãos. Se não fora verdade, isso não estaria nas páginas da Biblia, para exemplo e nos redarguir. O problema é que esses cristãos não aplicam a Palavra de Deus às suas vidas, talvez a do vizinho de banco ou a um companheiro de ministério. Niguém é crente 105%, quem assim se julgar descerá sem a justificação. E olhe que o farizeu desceu literalmente pra casa, mas num sentido mais amplo poder-se-ía descer ao inferno. Estes tais, acreditam não haver mais necessidade da longanimidade de Deus e por isso não clamam mais por sua misesricórdia.

continuando a parábola, Jesus disse que o publicano, nem ousava levantar os olhos ao céu. Somente batia no peito e dizia: " Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador". (Lc 18.13). Em seguida o mestre acrescentou: "que este desceu justificado, e não aquele".

Nós por mais coerentes que sejamos não podemos atirar pedras no nosso irmão. Principalmente quando as tais são arremeçadas pelos meios de comunicação como o rádio, a Tv e Internet. Se hoje temos segurança de nossos passos, devemos também lembrar que ainda não ganhamos corpo incorruptível, e corremos o risco de ter que nos defender dessas mesma pedras.

Se os homens que militam em instituições comuns, repudiam tais atos por uma simples questão de ética, como devemos fazer em se tratando do sagrado? Pessoas há, que por haverem alcançado fama, idade avançada, ou longos anos de "experiencia" ministerial, acham que podem falar "tudo" no pulpito ou até mesmo na grande mídia. E como fica aqueles que precisam ouvir ou ler uma palavra de esperança, se de quem a esperamos se mostra desesperado?

Se assim procedermos receberemos repúdio não somente daqueles, mas também do apóstolo Paulo. Ele escreveu aos corintos: "Ousa algun de vós, tendo negócio contra outro, ir a juizo perante aos injustos? (I.Co 6.1). Esse juizo, não significa tão-somente os tribjunais, mas, o julgamento da opinião pública.

Que Deus nos conceda da sua Graça. Que possamos colocar em prática a sua Palavra: "O Senhor te dê tão-somente prudência e entendimento..." (ICr 22.12). " O que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo é mau". (Am 5.22). E com seu evangelho, Jesus ratificou isto, dizendo: " Eis que vos envio ao meio de lobos, portanto, sede prudentes como as serpentes, e simplices como as pombas". (Mt. 10.16).

sábado, março 14, 2009

O Brasil, é um Estado Laico?













A Constituição Imperial de 1824, estabelecia que o catolicismo era a religião oficial do Brasil. Isso durou até l891, quando foi promulgada a primeira constituição republicana brasileira. De lá pra cá, até a ultima, de 05 de Outubro de 1988, todas as cartas magnas do país, preceituam o Brasil como um Estado laico. E o que é isso?

Laico, do latim laicus, segnifica leigo. Ou seja, o pais se manterá leigo em relação aos assuntos religiosos de sua população; não se envolvendo em questões religiosas. O
Artigo 19 da atual constituição, diz o seguinte: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I. Estabelecer cultos religiosos, Igrejas, subvencioná-las, embaraçar-lhe o funcionamento, manter com elas ou seus representantes, relações de dependencia ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.

"Embaraçar-lhe o funcionamento, significa, restringir, dificultar, vedar, limitar a prática psíquica ou material dos religiosos", segundo interpretação de MIRANDA SILVA J., p. 253/254, 2000.

O Brasil é um país democrático, que prega isso para " os quatro cantos da terra". Mas, parece que nós os cristãos, não tomamos consciencia disso, e vivemos como se sempre estivéssemos na iminencia de sofrermos retaliações, ou perseguições. E, por esta razão, não exigimos (mesmo aqueles que tem assento nas casas legislativas), o que é nosso por direito .

E se chegássemos até o ponto de sermos perseguidos, como ficaria então o texto de Atos 5.41? O qual relata que os discípulos "saíram da presença do conselho regozijando-se por terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus".

Um dos maiores embaraços que sinto, é quando tenho que apresentar os irmãos de outras congregações, na nossa igreja, situadas nos inúmeros bairros com nomes idólatras. - Estão conosco os irmãos da congregação do São Francisco, do Santa Sofia, do São Cristovão, do São Joaquim, do São João, da Santa Maria, da irmã Dulce... e se fóssemos citar todos não haveria espaço.

É oportuno lembrar que esses embaraços são café pequeno, diante daqueles impetrados exatamente por quem formulou e aprovou a lei maior do país. Como um país laico tem tantos feriados religiosos? Aparecida, finados, Corpus Christi, sexta-feira da paixão. Para os parlamentares a lista não está completa. Falta o dia de Santo Antonio de Sant'ana Galvão, que se for aprovado na Câmara, o projeto de lei (PL 696/07) já aprovado pelo Senado será comemorado no dia 11 de maio.

Como um país laico gasta uma fortuna para recepcionar um papa. Por que é um chefe de Estado? E quais são os acordos bilaterais que foram assinados? Como se isso não bastasse, mais um embarço está sendo projetado. E nossos "representantes" dormindo no ponto. No momento em que é batido o martelo, eles se espantam, pensando estar na igreja, dizem amém.

Geralmente, nas igrejas evangélicas os rituais dos cultos são parecidos e em muitas são identicos. Começa com oração, louvor, leitura de um texto bíblico, seguido de oração novamente. Em seguida, alguns louvores apresentados por cantores prata da casa ou visitantes, mensagem e apelo; novamente louvor e ofertas, avisos, oração final e bênção apostólica. Isso pode mudar por força de lei.

Os evangélicos serão obrigados a executarem o Hino nacional brasileiro antes de começar os cultos, desde que esse culto, seja associado a um ato patriótico. Por exemplo: a comemoração do dia da indepêndencia do Brasil. O dia alusivo aos estados, um culto em ação de graças pela abolição da escravatura etc.

A proposta é do deputado federal Vital do Rego (PMDB-PB), que encaminhou projeto de lei recebendo o número 4627/09, o qual tornará obrigatória a execução do Hino Nacional brasileiro nas escolas de ensino fundamental e médio, antes de começar as aulas e em outros locais. No projeto, está definido como e quando o hino deverá ser executado. Na abertura de sessões cívicas, início de atividades desportivas, início e encerramento de transmissões de rádio e televisão (hoje somente a televisão estatal faz isso), e em cerimônias religiosas em que se associe um caráter patriótico.

Segundo o autor do projeto, a execução do hino brasileiro, "vai aumentar o conhecimento sobre o mesmo, tanto letra como melodia. E ensinar o povo a amar e preservar os valores patrióticos que ele simboliza para o país." O deputado diz ainda que, o povo brasileiro não sabe cantar o seu hino nacional. O projeto tramita em carater conclusivo na Câmara dos deputados, aguardando a análise das Comissões de Turismo e desportos, de Educação e Cultura; Constituição e Justiça, e Cidadania.

Cá pra nossos botões: Nós os evangélicos até que aprendemos cantar, agora votar... mas, da próxima vez, votaremos nas "pedras". Talvez estas clamarão!

domingo, março 08, 2009

Dia internacional da mulher:














Três razões para não comemorar

O apóstolo Pedro escreveu em sua primeira epístola universal (capítulo 2), que os crentes são um povo adquirido, nação santa, ou separados, em outras versões. E esse "separado" é exatamente aquilo que faz a diferença.

Realmente, se quisermos trilhar dignamente o caminho chamado Jesus (Jo 6.14) temos que ser diferentes. O problema, é que dificilmente aplicamos a palavra de Deus integralmente à nossa vida. Inúmeras passagens biblicas, nos levam a fazer uma reflexão, o quanto somos ou deveríamos ser, diferentes do mundo (povo). E esta contraposição, na forma de viver, para com o mundo agrada a Deus. Inexplicavelmente o pai eterno nos amou. O Senhor chegou a dizer pela boca do profeta Malaquias, que para Ele, somos seu particular tesouro. E por isso é que ele nos poupa. E é aí onde está a diferença! O profeta continua dizendo no versículo seguinte (Ez 3.17-18) ... "vereis outra vez a diferença entre o justo e o impio; entre o que serve a Deus e o que não serve".

Se Deus diz "vereis outra vez", então é porque essa diferença já é visível. A luta dos apologéticos, desde os tempos de Ário, tem sido constante, para que se mantenha essa diferença.

Muitas têm sido as ocasiões em que o inimigo de Deus, tem investido para misturar, para desfazer essa diferença. Às vezes declarada, como a investida do ecumenismo. Outras vezes sutilmente. " (...) com suaves palavras enganam os corações dos símplices" (Rm 16.18). Entre as investidas sutis estãos as comemorações alusivas a isto, ou aquilo no Brasil e no mundo. Muitas delas oriundas de mentes pagãs e/ou malignas. Já há até alguém que se diz evangélico, defendendo que devemos ir ao carnaval, para "ganhar" almas para o reino de Deus. Estes tais, não lembram ou não sabem que, o carnaval é o escárnio em si. Não aplicam a si, o que Davi aconselha: "Bem aventurado o varão que (...) não se assenta na roda dos escarnecedores..." Sl 1.1.

Há coisas tão inseridas no nosso dia-a-dia que nem questionamos mais, embarcamos nelas de olhos fechados. E onde fica o vigiar de Jesus? (Mt 26.41) O vigiar do mestre aqui, é exatamente para não caírmos em tentação. Significa que essa tentação é sutil, porque quando ela vem declarada não precisamos vigiar. Os verdadeiros crentes em Jesus, rejeitam de cara o tal ecumenismo, por exemplo.

Ao longo dos tempos, uma sociedade vai mudando gradativamente seus costumes. E a parte protagonista acaba se tornando sempre a maior, a que detém mais poder de comunicação. Muitas vezes é constrangedor, é sofrido dizer ou escrever verdades que não podem calar. É por isso que o anjo disse a João, que ao comer o livro, na sua boca seria como o mel e no estômago, amargo como fel. (Ap 10.10).

Hoje o mundo inteiro comememora o dia internacional da mulher. Alguns questionamentos devem ser feitos antes que possamos nos juntar a essa comemoração. Como foi instituído? Qual a origem? Quem foi o(s) autor(es)? Quais foram os motivos? E por último: devemos como cristãos comemorar qualquer coisa?

O dia internacional da mulher foi instituído em homenagem a 129 mulheres assassinadas em Nova York nos EUA, no dia 8 de Março de 1857. Naquele dia muitas mulheres que trabalhavam numa fábrica e, em greve, se apoderaram da empresa. Elas exigiam que os salários fossem igualados aos dos homens, porque faziam as mesmas tarefas; elas ganhavam 1/3 do salário dos homens. E também a diminuição da jornada de trabalho de 16, para 10 horas diárias. Os patrões com a conivência da polícia, tocou fogo no prédio, e o resultado foi a tragédia já descrita.

Em 1910, 63 anos depois, a feminista alemã de carteirinha, Clara Zetkin, organizou em Compenhague na Dinamarca a 2ª conferência socialista, depois de várias passeatas. Nesta conferência por proposição de uma camarada do Partido Comunista Búlgaro, foi instituído o dia 08 de março, o dia internacional da mulher. Em 1975, por decreto, a ONU o oficializou.

E porque não nos convem comemorar o dia internacional da mulher? Primeiro: Porque os cristãos não apóiam rebeliões ou greves. Nós escolhemos Jesus, e rejeitamos Barrabás. Numa greve contra o dominio romano na Judéia, ele matou um homem (Mc 15.7). Quando houver uma greve, se não podermos trabalhar por conta dos piquetes ou para não sofrermos represália, ficamos em casa. O apóstolo Paulo, exorta como deve ser o comportamento do empregado cristão (Ef.5.3-8).

Segundo: As feministas lutaram para fazer disso sua bandeira maior. Paulo também ensina como deve ser a atitude das mulheres santas. Elas não devem seguir os ensinamentos de feministas (Tt 2.3-5). Terceiro: Nós cristãos não seguimos as doutrinas maxistas comunistas. Ser cristão não é qualquer ser humano, é aquele que segue os ensinamentos de Cristo. Mais uma vez, lembrando de Paulo, ele escreveu aos coríntios: "Sede meus imitadores como eu sou de Cristo" (I Co 11.1). E aos colossenses: " Digo isto para que ninguém vos engane com palavras persuasivas" (Cl 2.4).

Para amar, proteger, cuidar e defender nossa mulher, mãe, filhas ou netas, não precisamos mesmo de um dia específico, afinal, elas precisam ser amadas todos os dias.

domingo, março 01, 2009

Brasil: Um berço esplêndido 2.














Quando pensávamos que dar guarida a bandidos na pátria amada, era coisa do passado, eis que surge a polêmica Cesare Battisti. Batttisti, o terrorista italiano, é um remanescente daqueles imbecis que choraram quando derrubaram o muro de Berlim, em 1989. Daqueles que antes já haviam se lamentado do prenúncio de falência de um regime, quando da dissolução do império virtual1 chamado União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Daqueles que pensavam em converter o mundo ao comunismo, mesmo que para isto tivessem que ceifar vidas. E foi exatamente isso que Battisti fez.

Não tem esse negócio de ele ser só acusado, ele foi julgado e condenado no seu país à prisão perpétua. No periodo da guerra fria
2, Cesare Battisti, com 20 anos, enganjou-se na militância radical de esquerda italiana, dos anos 70. Na facção chamada proletários armados pelo comunismo.

Em 1979, foi preso e condenado a 12 anos e 10 meses de cadeia, por ações subversivas. Em 1981, fugiu. Esteve no méxico, e depois foi para França. Lá foi protegido pelo governo socialista de Miterrand, que concedeu-lhe asilo e cidadania. Casou-se e tem duas filhas. Em 1982, o comparsa, fundador da facção PAC, Pietro Mutti, preso na Itália o entregou numa "delação premiada". O governo italiano solicitou sua extradição por duas vezes à Miterrand, mas, foi negado.

Quando Sarkozy, assumiu o governo da França, negociou com a Itália a extradição do terrorista. Segundo a imprensa italiana, o presidente francês, quis em troca o voto italiano no tratado constitucional europeu, autorizando a TGV
3, operar no trecho Lyon-Turim, e a aquisição de aeronaves Airbus pela Itália. Sarkozy, o novo deus francês disse: Demos à César o que é de César, (cadeia) e à França o que é bom pra França, (equilíbrio na balança comercial, mais empregos e um bandido a menos). Quando Battisti soube (ou foi avisado?) da transação, fugiu para o Brasil; e preso no dia 18 de Março de 2007.

O governo Italiano pediu sua extradição, e o processo foi enviado ao Conare - Comitê Nacional de Refugiados
,que deu parecer contrário à permanencia de Battisti aqui porque, o mesmo não apresentou provas convincentes de que sofre perseguição política pelo estado italiano. Mesmo assim, o ministro da justiça, tomando uma decição segundo suas próprias convicções, deu status de refugiado político ao terrorista. Convicção esta, de que as astrocidades cometidas por esses bandidos é resultado de luta por um ideal, contra um regime, embora que os contrários às suas idéias, sejam condenados e executados por um tribunal cladestino como os camaradas do PAC de Battisti fizeram.

Não dá mesmo para acreditar em comentários da grande imprensa, de que o governo brasileiro está mantendo esse terrorista aqui, por um pedido de Carla Bruni, primeira-dama francesa, simplesmente por amizade. Até porque o próprio marido entregou a cabeça de Battisti num prato. A imprensa "oficial" insinua que o Brasil não pode ceder, só porque dois presidentes europeus estão pedindo. Se os europeus negociaram, nós vamos pagar o ônus? O que vamos ganhar com isso? Sustentá-lo ou empregá-lo na casa civil?

Se o STF decidisse pela permanencia dele aqui, só nos restariam os maus exemplos. Aulas de bandidagem de um expert internacional. O povo brasileiro tem boa índole e, por causa dessa virtude, os maus de ontem, se apresentam agora vestidos com um "manto" de justiça. O presidente Lula, mandou uma carta para o presidente italiano Giorgio Napolitano, explicando a decisão do seu ministro, mas não convenceu ninguém na Itália.
Lá atualmente o governo é de centro esquerda. O parlamento 50% é de oposição, mesmo asssim, todos os parlamentares se uniram e querem o italiano de volta. O que não acontece no Brasil. Nem todos os partidos apóiam a decisão do governo do PT.

Com decisões como esta, "nós", criamos constragimentos com um país amigo, que cedeu vários filhos para povoarem o sul do Brasil, no século XIX. Um país doq ual importamos nossa cultura jurídica. Com tais decisões, abre-se precedência a outros indesejáveis no mundo inteiro, de facções como a Al-qaeda, Farc, Sendero Luminoso etc. Cezar Battisti, deve estar sorrindo dos parentes de suas vítimas. Enquanto choram nos túmulos, ele espera o sol da liberdade do Brasil. Deve está até orgulhoso, porque, a sigla mais propagada atualmene por aqui é PAC. Xará do seu Proletários Armados pelo Comunismo. Será mera coincidência, ou uma homenagem?

Cabe agora, ao Sr. presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, responder ao presidente da Associação das vítimas do Terrorismo italiano, sr. Della Rocca, quando diz: "A justiça do Brasil é generosa ou cega?"

1 A extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas era considerada um império "virtual", pois os países que formavam este bloco permaneciam com o status de repúblicas independentes, embora fossem na verdade fantoches do governo de Moscou.
2 A expressão "guerra fria" designou por décadas a disputa de poder entre os países capitalistas alinhados com os Estados Unidos, o primeiro-mundo, e os alinhados com a URSS, o segundo-mundo. Os países "não-alinhados", como o Brasil e a Índia, eram alcunhados de terceiro-mundo. Referia-se ao fato da guerra ser travada nos bastidores e não militarmente.
3 Empresa que controla o chamado trem-bala francês.