quarta-feira, fevereiro 25, 2009

BRASIL: Um berço esplêndido!

Com boas intenções, Joaquim Ozório Duque Estrada, autor da letra do hino nascional brasileiro, descreveu em verso a beleza do Brasil. "Deitado eternamente em berço esplêndido, ao som do mar e à luz do céu profundo (...), Iluminado ao sol do novo mundo (...) teus risonhos lindos campos tem mais flores. Nosso bosques tem mais vidas, no teu seio mais amores".

Cantar o hino nacional era parada obrigatória nas escolas daquela época, 1963. A escola era o Grupo Escolar Gov. Miguel Rosa, situada no bairro pirajá ,em Teresina, ( curso primário ). Não havia Tv nem internet. Havia conversas nas calçadas até altas horas, acompanhadas por um radinho a pilha. Sem riscos e sem assaltos. Essa palavra só estava nos dicionários. As vezes as conversas eram interrompidas pelos noticiários das rádios Difusora, Clube e Pioneira. O mais famoso era o reporter Esso, da rádio Globo do Rio de Janeiro.

Naquele ano, dois episódios internacionais chocaram os pacatos prosadores de minha tranquila Teresina. O assalto ao trem pagador (agosto) e o assassinato do 35º presidente dos Estados Unidos da América, Jonh F. Kennedy (Novembro). Na escola, os colegas chamavam os amiguinhos, para brincarem de "o trem pagador".

Quando perguntados, como era essa brincadeira, diziam: "Agente faz uma fila, com as mãos nos ombros dos outros, que é o trem carregado de dinheiro. Outros meninos esperam escondidos o trem passar e roubam a grana. Só fui entender essa estória muitos anos depois.

Em 1974, fui morar em São Paulo. Lá as emissoras falavam muito no trem pagador. Lembrei da brincadeira dos meninos, e já com 19 anos fui pesquisar esse fato que aconteceu no dia 8 de Agosto de 1963. Nesse dia, uma das mais audaciosas quadrilhas do mundo, composta de 16 elementos, assaltou um trem que transportava dinheiro de depósitos bancários da Escócia para a Inglaterra; mais precisamente no condado de Bukinghamshire. Sem fazer uso das armas de fogo que possuia, a gangue tomou 2.631.784 libras esterlinas. Mais ou menos, 9.2 milhões de Reais. Onze desses bandidos, foram presos, entre eles o sagaz Ronald Biggs que, depois de dois anos na penitenciária, escapou com ajuda de suborno, escalando muro com cordas de panos. Biggs, foi para a Austrália e em 1970 refugiou-se no Brasil.

Aqui ele encontrou o berço esplêndido; ao som do mar(...). Foi morar na cidade maravilhosa. No seio do Brasil, encontrou mais amores. Ele havia deixado para trás, a esposa e três filhos. Casou-se novamente aqui, com a dançarina de boate Raimunda de Castro. Biggs tornou-se uma celebridade. Um bandido famoso, na cidade maravilhosa, com sua morena dengosa. Neste paraíso, surgiria um filho famoso. Nasceu Michael Biggs - o Mike de uma banda infaltil dos anos 80. O sucesso, foi um verdadeiro balão, e só poderia ser mágico. O sucesso de Mike, muchou junto com o Balão Mágico.

Mike tornou-se a desculpa que Ronald, precisaria para se manter aqui, rindo da Scoltland Yard. Não poderia ser extraditado, porque a Inglaterra não tinha acordo de extradição com o Brasil. Quando um reporter inglês o encontrou no Rio de Janeiro, a polícia inglesa quiz pegá-lo, o malandro havia engravidado a prostituta dançarina. Estava descartada a segunda hipótese que poderia levar Biggs de volta.

A Constituição Brasileira, prevê que qualquer criminoso estrangeiro, pai de um brasileiro, não pode ser expulso. Ponto de vista que deve ser revisto, para não haver suporte à crimes premeditados.

O crime do trem pagador, foi premeditado, planejado e quase "perfeito." Pra começar a gangue roubou um caminhão do exercito. E com mais dois jeeps Land Rover, escondeu-se numa fazenda. Em seguida percorreram toda a ferrovia, modificando a sinalização. Em Ligton Buzzard cobriram o sinal verde e acenderam o amarelo usando uma bateria. Isso apontava que o trem teria que parar na próxima estação. Em Sears Crossing, local do roubo. Fizeram a mesma coisa com os sinais. Dessa vez acendendo o vermelho com outra bateria. Cortaram a linha telefônica, e o lider do bando foi para cima de um morro para avisar via walkie-talkie, a aproximação do comboio.

Eram 3 horas e meia da manhã quando o trem parou. Os bandidos invadiram-no e meteram uma paulada na cabeça do maquinista. Renderam os funcionários do correio com os malotes. Enquanto isso, um dos bandidos destravava a locomotiva com três vagões, obrigando o maquinista levar o trem até Bridero onde a outra parte da gangue esperava com os veículos. Descarregaram 12o sacos de dinheiro em ritmo de formiguinhas, e foram para o esconderijo. Lá brincaram, beberam e jogaram cartas sem preocupação com as pegadas.

Ao sairem deixaram nas cartas suas impressões digitais e a Scotland Yard matou a jogada. Ronald Biggs não poderia ser extraditado ou expulso, mas sem documentos não poderia trabalhar legalmente no Brasil. Mesmo assim não faltava nos pontos turísticos do Rio de Janeiro, camisetas e canecas com sua foto estampada. Alguns turistas pagavam até 70 dólares, para almoçar e posar para fotografias com o ladrão mais famoso do mundo.

Em 2001 o assaltante resolveu se entregar às autoridades britânicas. A volta de Biggs foi intermediada pelo jornal The Sun, que pagou as despesas com o frete de um jatinho, além de cachê de 44 mil libras pagas ao filho Michael, em troca da exclusividade da estória.

Ao desembarcar na Grã-Bretanha, Biggs foi preso, e permanece até hoje na penitenciária de Norwich. No início deste mês (Fevereiro), Ronald Biggs passou três dias hospitalizado vítima de uma pneumonia. Segundo o filho Mike, o pai está com a saúde debilitada e não fala mais ao telefone. O Jornal The Guardian, informou que o conselho de setença, que determina a condicional de um preso, se reunirá no próximo dia 3 de Julho, quando provavelmente Biggs será posto em liberdde. Faltando um mês e cinco dias para o ladrão completar 80 anos de vida e 46 de seu crime.

Em 1992 Ronald Biggs foi contratado para fazer uma publicidade de uma empresa de segurança no Paraná. No final da mensagem, falava um português com sotaque inglês insuperável: "Eu preciso de segurança, afinal já estou rico mesmo!"

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Olha que indicação maneira!


Este blog recebeu carinhosamente a indicação deste selo pelo irmão Marcos Vasconcelos, autor do blog Evangelho sem mistura. Agradeço pela indicação do irmão!.
.
As regras:
.
1. Exiba a imagem do selo “Olha Que Blog Maneiro” que você acabou de ganhar!
2. Poste o link do blog que te indicou.
3. Indique 10 blogs de sua preferência.
4. Avise seus indicados.
5. Publique as regras.
6. Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.
7. Envie sua foto ou de um(a) amigo(a) para olhaquemaneiro@gmail.com, juntamente com os 10 links dos blogs indicados para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá 1 caricatura em P&B.

Blogs que indico

domingo, fevereiro 22, 2009

Abolição: Uma Conquista Protestante - parte 7

Capítulo Final.

A abolição da escravatura não mudou de imediato, a vida dos quase um milhão e meio de escravos no Brasil. Não foi com um estalar de dedos da princesa regente, ou no afogar da pena no tinteiro para assinar aquele papel com o brasão do império, que aqueles brasileiros passaram a viver em um paraíso.

No Brasil de negros livres, as fórmulas sociais e étnicas as quais formaram a nossa população, aconteceram a longo prazo. Muitos dos agora trabalhadores mantinham um relacionamento afetuoso com a familia dos patrões e preferiram se manter nas fazendas, livres dos castigos corporais, a troco de pão e circo. Passaram a ser chamados os "criados e criadas"

Outros que mantinham somente uma relação de trabalho, foram postos fora da fazenda, diante da obrigação imposta pela autoridades de pagamento dos trabalhos executados. Nem todos puderam ser uma Chica da Silva. Para estes, largados à própria sorte, sem estrura familiar, sobrou-lhes a mendicância.

Vale a pena repetir que os livros de história também não contam con detalhes, pelo menos até ao ensino médio, o desfecho da luta pela abolição. Na sessão do dia 08 de maio de 1888, da Câmara dos Deputados, uma Terça-feira, o ministro da agricultura do império, Sr. Rodrigo Silva, leu o projeto de lei de autoria do governo, no plenário em nome do Imperador D. Pedro II. Era muito suscinto. Havia dois artigos.

Art.1º - É declarada extinta a escravidão no Brasil.
Art.2º - Revogam-se as disposições em contrário. em nenhum de seus parágrafos a lei previa qualquer indenização, aos donos de escravos.

No dia 13 de maio de 1888 num belíssimo dia de domingo, a princesa Isabel, regente do império brasileiro, sancionou a lei 3.353, que ficou conhecida simplesmente como a Lei Áurea, dando liberdade a todos os escravos no Brasil. Assim como nossos irmãos protestantes da Inglaterra, Canadá e Estados Unidos, influenciaram e incentivaram os missionários estrangeiros no Brasil, a lutarem pela abolição, quando essa se concretizou em nosso país, houve grande repercussão no mundo. Em 1894, a Coréia abria as portas da liberdade para seus escravos. Seguidos por China em 1910 e Nepal em 1921, Irã em 1928, África e Etiópia em 1943, Qatar e Yemem em 1962; Emirados Árabes 1963, Oman 1970 e Mauritânia 1980.

É evidente que o trabalho escravo ainda existe em todo o mundo. Também no Brasil essa falta de vergonha, de amor ao próximo e temor (respeito) a Deus, ainda acontece. Quem não ama, também não respeita.

O apóstolo Paulo disse que cada trabalhador tem direito a receber conforme o seu trabalho. I. Co 3.8.

Diante do pouco que vimos nesta série, Abolição: Uma conquista protestante, concluímos que muitos fatos desse câncer chamado escravatura, ainda estão debaixo do tapete ou detrás dos panos como diria minha avó. Concluímos também que esta história precisa ser reescrita. Se fizessem isto, com absoluta certeza, apareceriam aqueles como Wilberforce, que derrotado oito vezes consecutivas no parlamento, imaginava-se impotente, mas, a Palavra de Deus dizia-lhes aos ouvidos: "diga o fraco eu sou forte" (Os 2.10). E Deus o fez vencedor!

No início de 2007, a revista Veja publicou uma matéria sobre o cientista americano Francis Collins, diretor do projeto Genoma. Na entrevista, Collins rebateu aos cientistas ateus, por terem dito que a fé faz mais mal ao mundo que bem. Francis Collins jogou-lhes na cara a memória de Wilberforce, que pela força da Fé Cristã, mudou o mundo para melhor.

Mais uma vez temos que abrir o diário de Willberforce, e mostrar mais esta pérola: "Devo confessar que minhas e próprias esperanças pelo bem-estar do meu país não dependem de seus navios e exércitos; nem da sabedoria de seus governantes, ou ainda do espírito de seu povo, mas sim da capacidade de persuasão de todos aqueles que amam e obedecem ao Evangelho de Cristo".

Nós os protestantes, crentes e evangélicos, não idolatramos ninguém. A idolatria é pecado. A Biblia diz que é como o pecado de feitiçaria. Mas, cabe aqui dizermos: Aonde estavas tu Gandhi?

Agora não nos basta cantar somente Amazing Grace, o hino estandarte na luta pela abolição. Em homenagen aos nossos irmãos, devemos também cantar: Vale a pena ser Crente! Amém?

Maranata! ora vem Senhor Jesus.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Abolição: Uma Conquista Protestante - parte 6













Capítulo 6


Estamos comentando a escravidão e, consequentemente, a sua abolição, em um contexto internacional. No entanto, reservamos os ultimos capítulos desta série, para refletirmos sobre a parcela brasileira nessa história. No Brasil, a escravidão começou no ano de 1526 e terminou legalmente, em 1888. Foram 362 anos de uma história negra.

Em parte seria compreensível que os literatos, cronistas e historiadores omitissem pequenos episódios dessa história. Digamos, por esquecimento. Até por quê são quase quatro séculos. Para a maioria deles, não interessa resaltar que os protestantes, movidos pelo amor de Deus, o qual anunciavam, foi quem iniciaram esta luta, levando-a até ao fim. Todos arriscando as suas próprias vidas! Tais historiadores, encurtam a trajetória dos fatos, para digamos, não serem taxados de proselitistas. Atribuem a luta abolicionista, aos Iluministas e filósofos; porque o Iluminismo coincidiu no tempo, com a missão anti-escravista de John Newton e William Wilberforce.

O problema vai além da omissão. Isto é usurpação. É atribuir a outrem a honra alheia. Para os milhões de infelizes escravos espalhados pelo mundo, o século das luzes (como foi chamado o século XVIII por esses historiadores), foi o período mais negro de suas vidas. Os cronistas até hoje baseiam-se em pequenas frases de fisiocratas, filósofos europeus tais como Adam Smith, Montesquieu e Rousseau, fazendo pequenas inserções contra a escravidão. No entanto nunca houve por parte destes, uma luta mais efetiva.

Um outro francês, o cientista Condorcet, declarou: "Poucos filósofos atreveram-se a soltar um grito contra a escravidão." O próprio Condorcet esqueceu de acrescentar que esses poucos gritos foram tão baixos, e sem repercussão. E que muitos destes discursos baixinhos, eram seguidos de comentários como, "A escravidão é um erro, mas, nada podemos fazer." Ou, "O ideal é que não houvesse, mas, a economia precisa".

Nenhum desses homens bons de papo, abastecidos de velhos vinhos, cientistas da imaginação, procurou refletir mais profundamente sobre o sofrimento daqueles seres humanos. Os quais, na roça, eram máquinas agrículas, na senzala, "machos e fêmeas", eram máquinas sexuais na fabricação de mais negrinhos, aspecto que cresceu muito, entre a proibição do tráfico e a abolição (1850-1888). Quanto mais "bacuris", mais escravos com menos riscos, mais mão-de-obra barata e mais lucros. Na intimidade da casa grande, as negrinhas adolescentes , eram obrigadas a iniciar os pálidos sinhôzinhos sexualmente.

Na estrutura da sociedade escravista, não se admitia maricas ou donzelões. Os patrões abusavam das escravas adultas, a seu bel prazer (As patroas eram somente para gerar os herdeiros), ignorando se as mesmas mantinham alguma relação afetiva com um companheiro. Quando as sinhás percebiam, quebravam os dentes das coitadas com o salto do sapato. Desses conluios saíam mulatos e mulatas formosos por causa da miscigenação. Os quais eram negociados mais caro. Muitos deles eram atraidos pelas sinhazinhas, quando revoltadas com o desprezo do marido ou pela carência.

Os livros de história não contam esses detalhes. Os protestantes na luta contra a escravatura e suas atrocidades, não ficaram somente em palavras ou discursos atenuados pela covardia. Desde o inicio do século XVIII, como já vimos, tiveram uma reação mais concreta. Em 1768 os irmãos quacres ( Londres), enviaram uma solicitação abolicionista ao parlamento inglês. Que foi rejeitada. Daí John Wesley marcou serrado com seus discursos. Em 1774, Wilberfoce aceitou a Jesus, e reforçou o time dos "santinhos." Esse ultimo foi criador também da British and Foreign Bible Society (Sociedade Biblica), em 1804, e da Church Missionary Society, em 1799.

Segundo Robin Furneaux, escritor francês (1936-1985), a mensagem de Wilberforce era de que não bastava professar o cristianismo, levar uma vida decente, e ir à igreja aos domingos, já que o cristianismo atravessa cada aspecto, cada canto da vida cristã. A sua abordagem do cristianismo era essencialmente "prática". Wilberforce foi o instrumento de Deus para abrir as portas da India para a evangelização. Quando o missionário William Carey, precisou de ajuda missionária, por iniciativa de Wilberfore foi aprovado no parlamento inglês, um projeto desse político e servo de Deus, que abria todos os territórios do império britânico aos missionários. O documento é conhecido com o nome de "A ata da India", pelos cristãos evangélicos.

O famoso primeiro-ministro britânico do século XX, Wiston Churchill declarou: Não há na historia muitas pessoas que tenham contribuido tanto para o bem da sociedade, como William Wilberforce. Churchill referia-se sempre a ele, como "A consciência da nação".

No capítulo final, você saberá como e porque a princesa Isabel assinou a lei da abolição no Brasil.

Até lá.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Abolição: Uma Conquista Protestante - parte 5












Capítulo 5


No Brasil a abolição da escravatura teve muita influência dos missionários evangélicos. Eram homens de ideais avançados e muito cultos. Os políticos e o Império sempre os ouviam. Escreviam constantemente, nos jornais da época e habitualmente encontravam-se com líderes políticos. Na lista desses missionários estava o nome de Ashbel Green Simonton, um abolicionista convicto. Assim como outros grandes homens que descreviam os próprios passos, Ashbel, assim externou o pensamento dos evangélicos anti-escravistas brasileiros: "Se ao menos puder ser removida a mancha da escravidão, esse incubo extirpado do corpo da nação, ainda que em algum dia distante, já será grande vitória". Muitos outros artigos foram escritos no Jornal "Impressa Evangélica", que circulava no periodo imperial.

O que pouquíssimas pessoas sabem neste país, é que o Brasil, foi a ultima nação das américas, a acabar com a escravidão. Outra informação que os brasileiros das novas gerações precisam ter, é que fomos o país que mais comprou e vendeu negros entre os séculos XVIII e XIX. Sinceramente, precisamos pedir licença ao âncora de um famoso jornal televisivo, e dizer com todas as letras maiúsculas: "ISTO É UMA VERGONHA".

E essa vergonha se faz maior, quando refletimos que "somos cristãos" e o maior país católico do mundo. Os dados são do Memory of the world - da Unesco. O padre português Manoel Ribeiro da Rocha, residente na Bahia, aparece como gota d'agua libertária no oceano da omissão, e escreve em seu diário em 1757, seus ideais abolicionistas, incentivado pelo movimento inglês, comandado por William Wilberforce e Thomas Clark.

Algumas personalidades históricas, entre eles José Bonifácio, Caldeira Brant, o imperador D.Pedro I e Hipólito José da Costa, jornalista residente em Londres, discursavam, escreviam artigos e apresentavam-se hipocritamente como abolicionistas, mas, na realidade não queriam que isto acontecesse, temendo ver o país se desestruturar. Nos seus planos haveria uma abolição lenta e gradual, a passos de tartaruga. Que me perdoe esse animalzinho simpático!

Então, mesmo depois da independência, o Brasil continuou traficando escravos, ignorando tratados como os congressos de Viena de 1815 e 1817. Por pura pressão da Inglaterra, o Brasil foi forçado a assinar um tratado em 3 de Novembro de 1826, o qual estipulava um prazo de três meses para acabar com o tráfico. Para cumprir isso, o parlamento brasileiro aprovou uma lei em 7 de Novembro de 1831, que libertava os escravos desembarcados em terras brasileiras. Esta lei ficou no papel. O tráfico continuou com a cumplicidade do governo. Hipólito, aquele jornalista baiano radicado em Londres escreveu assim no Correio Brasiliense, " Se o governo acabasse com esse mal, o povo lhes perdoaria todos os outros."

Em Abril de 1850, cruzados britânicos prenderam navios negreiros até nos portos brasileiros. No dia 14 de Outubro do mesmo ano, o ministro da justiça, Dr. Euzébio de Queirós, assinou a lei que proibia o tráfico clandestino de escravos africanos, para o Brasil. Seria a maior oportunidade para acabar de vez, com esse crime contra a humanidade. Os senhores de engenho e os fazendeiros pressionaram o congresso e o governo, em defesa de seus interesses. E assim, quando o deputado Pedro Pereira da Silva Guimarães (1850-1852) apresentou um projeto de lei, que libertava os nascituros, neutralizaram-no.

A população brasileira era de 4.2 milhões de habitantes, dos quais 1.2 milhão era de negros escravos. A agricultura dependia totalmente dessa mão-de-obra. Com a proibição do tráfico, sobrou dinheiro, e os ricos foram obrigados a investir em outras áreas. Aí surgiram os bancos, as companhias de imigração, estradas de ferro. etc.

Os abolicionistas passaram a contar com o apoio do Instituto dos advogados (hoje OAB ). Em 1871 o imperador D. Pedro II mandou para seus ministros apreciarem documento-apelo da Junta Francesa para a libertação de escravos. O Conselho de estado debateu o assunto com base nos projetos de Pimenta Bueno, visconde e marquês de são vicente. Esses estudos concluiram pela liberdade aos nascituros, garantia de pecúlio, suspensão de castigos corporais e alforria.

O processo de abolição teve influência também da guerra do Paraguai. Por falta de combatentes, recrutaram escravos como "voluntários da pátria". Em 6 de novembro de 1866 foi aprovado projeto de Zacarias de Góis e Vasconcelos, em que concedia liberdade ao negros que fossem designados para servir ao exército. Um outro projeto de sua autoria, de 28 de Setembro de 1868, abriu precedência para vários processos juridicos contra senhores escravistas, interpostos por brilhantes advogados tais como: Saldanha Marinho, Luis Gama e Pimenta Póvoas, que interpôs 1604 ações contra senhores que abusavam sexualmente de suas escravas; ganhando 729 alforrias. O primeiro estado brasileiro a abolir a escravatura, em 1844, foi o Ceará. Seguido pelo Amazonas e Rio Grande do Sul.

Depois daí veio, em 28 de Setembro de 1871, a lei do Ventre Livre, e em 28 de Setembro de 1885 a lei do sexagenário. Pela primeira, todos os nascidos de escravas eram livres. E pela segunda, todos os escravos com mais de 60 anos. em todo esse tempo de luta, ratificado ficou o que Deus manda ser seus filhos. Que sejam cabeças e não caudas. Os protestantes do século XVIII, pioneiros, conseguiram influenciar uma diversidade de movimentos sócio-ideológicos, às margens dos partidos políticos; como poetas, jornalistas, estudantes, advogados, militares. em outubro de 1887 oficiais do exército, solicitaram à Pricesa Isabel, regente do império no Brasil, que os soldados não fossem obrigados a capturar escravos fugitivos. Um famoso congressista, deputado Martinho Campos declarou, "A abolição, foi feita por aqueles que pertenciam ao partido daqueles que nada tem a perder". No penúltimo capítulo desta série, voce vai ler: Por que os livros não contam a verdadeira história?

Até lá.

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Abolição: Uma Conquista Protestante - parte 4

Capitulo 4

Nove meses depois de aprovada a lei da abolição na Inglaterra, morre John Newton. A Grã-Bretanha, a maior potencia mundial daquela época, declarou guerra à escravatura, no mundo inteiro. Ninguém mais poderia comprar e vender escravos. Passou então a patrulhar e fiscalizar todos os navios que cortavam os oceanos. (O famoso Aberdeen Act). Qualquer navio que fosse flagrado com escravos era apreendido, e os ocupantes devolvidos. Os paises rivais tiveram que parar imediatamente com a comercialização; entre eles a Bélgica e Portugual.

Alguns países continuaram comprando e vendendo escravos clandestinamente mas, gradativamente, foi tomando corpo o abolicionismo em todo mundo. A pressão inglesa continuou, e em 1850, o Brasil concordou em acabar com o tráfico, através da famosa lei Euzébio de Queirós. A Grã-Bretanha continuou decidida na luta anti-escravista e, depois de muitas leis regulamentares, no ano de 1833, foi banida em todo território britânico, e em suas colônias, a escravidão. William Wilberforce, sai da cena da vida, da política e da igreja, poucos dias depois. Para os inimigos ele morreu, para os milhões de seres humanos de pele escura, libertos pela sua luta, ele foi para um bom lugar. Mas, para os bravos e fiéis, irmãos em Cristo , compnheiros nas tristezas, nas lutas e nas dores, Deus recolheu o espírito de seu filho, para descansar e trazê-lo de volta na sua vinda. Paulo descreveu assim esse evento: " Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele". ( I Ts 4.14).

Nas homenagens fúnebres ao pioneiro da abolição, na Grã-Bretanha, e no mundo, os irmãos cantaram mais uma vez, entre lágrimas e voz embargada, o hino, simbolo do movimento, " Amazing Grace (Maravilhosa Graça). Uma a estrofe mais dificil de ser entoada pelos saudosos irmãos e amigos de Wilberfoce, é a que grifaremos na cor verde, simbolizando a nossa esperança de um dia também conhecermos nosso irmão William Wilberforce. Veja a letra e cante: Amazing Grace. Maravilhosa Graça:

Amazing Grace (How sweet the sound), That sav'd a wretch like me! I once was lost, but now am found. Was blind, but now I see.
Marivilhosa Graça, quão doce é o som Que salvou um miserável como eu Estava perdido, mas fui achado Estava cego, mas agora vejo.

Twas grace that taught my heart to fear, and grace my fears reliev'd; How precious did that grace appear, The hour I first believ'd!
Foi a Graça que ensinou meu coração a temer E a Graça aliviou meus medos Tão preciosamente apareceu essa Graça Acreditei no primeiro momento.

Thro'many dangers, toils and snare, I have already come; 'Tis grace has brought me safe thus far, and grace will lead me home.
Entre perigos, labutas e armadilhas Já cheguei Esta Graça tem conduzido-me a salvo até aqui. E a graça me levará ao lar.

The Lord has promised good to me. His word my hope secures; He will my shield and portion be, as long as life endures
O Senhor tem prometido o bem para mim Sua palavra sustenta minha esperança Ele será meu escudo e minha porção Ao longo da vida durará.

Yes, when this flesh and heart shall fail, and mortal life shall cease; I shall profess, within the vail, A life of joy and peace .
Sim, quando esta carne e coração desvanecerem e a vida mortal cessar, exercerei, em meu benefício uma vida de gozo e paz.

The earth shall soon dissolve like snow, The sun forbear to shine; But God, who call'd me here below Will be for ever mine.
A terra deverá brevemente se dissolver como neve O antigo sol a brilhar Mas Deus, que chamou-me a mim, um indigno, Será para sempre meu.

No ano seguinte (1834), mais precisamente no mês de Agosto, foi decretado o " Slavery Abolition Act" que imediatamente libertou 776 mil escravos; homens, mulheres e crianças em toda a Inglaterra.

Não deixe de ler o próximo capítulo, porque você vai saber o quanto os protestantes influenciaram a abolição no Brasil.

Até lá.

Abolição: Uma Conquista Protestante - parte 3












Capítulo 3

Quando Willberforce voltou a Londres, já era uma nova criatura. Pretendia colocar a sua vida totalmente ao serviço do Mestre. Encontrou-se com o pastor Newton, ocasião em que este o orientou a permanecer na política e lutar pelas causas sociais, (como havíamos relatado antes).

Levando a efeito as mensagens dos pastores John Wesley, John Newton e anthony Benezet; Wilberforce decidiu lutar em duas frentes: a reforma moral do país e a abolição da escravatura. Mais uma vez, registrou em seu diário: "Deus tem assentado no meu coração, dois grandes propósitos: A reforma dos costumes e o fim do comércio de escravos.

Wilberforce era também um homem de oração. Acordava cedo, lia a sua Bíblia e orava pedindo a Deus que o fortalecesse na sua grande luta. Ao seu lado estava sempre o companheiro e conselheiro John Newton. Grande luta mesmo, porque haveria de enfrentar poderosos também da política e no poder econômico. A escravatura, era um dos pilares da economia britânica de então. Era a maior fonte de lucros do mercantilismo.

Em um de seus discursos Wilberforce disse, "A perversidade do comércio de escravos é tão grande, tão horrorosa e tão irremediável, que a minha mente está completamente preparada para a abolição. Sejam quais forem as consequências, deste momento em diante, estou resolvido que nunca descansarei até que tenha conseguido a abolição" (Discurso extraido do livro Christians Everyone Should Know, pág. 131). Em outras palavras, estava dizendo: vou lutar até ao fim, nem que isso custe a minha própria vida.

Certa vez, um amigo escreveu ao jovem parlamentar, "Se as coisas continuarem assim, breve ouvirei dizer que fostes carbonizado por algum dono de fazenda das Indias Ocidentais, feito churrasco por mercadores africanos e comido por capitães da Guiné, mas não desanime - eu escreverei o seu epitáfio". A grande luta contra o tráfico de escravos consumiu 18 anos de Wilberforce. Seus projetos foram derrotados oito vezes: 1791/92/93/97/98/99/1804/05. Durante esse período assaltaram-no e bateram nele por duas vezes para intrimidá-lo.

Outros parlamentares evangélicos, e crentes metodistas, puritanos, anglicanos da perififeria de Londres, juntaram-se a ele. Agora o pioneiro não estava mais sozinho! Os antiabolicionistas apelidaram o grupo de Wilberforce de "os santinhos". Com coragem e bravura, esse grupo de protestantes, estava disposto a fazer a diferença na sociedade de seu país, mudando a história para melhor.

Criaram a primeira Associação Anti-Escravatura. Em 1787 fundaram a Serra Leoa, antes uma colônia chamada Freetown, (um quilombo) de escravos refugiados do Canadá e Inglaterra. A Associação Anti-Escravista - "os santinhos", mandou para lá, em mais de meio século, mais de 100 mil ex-escravos. Construíram escolas evangélicas para os pobres, reformaram antigas edificações, e fizeram um grande trabalho missionário. Em todo esse periodo de lutas havia uma campanha de oração pela manhã, à tarde e à noite na Igreja Clapham, em Londres. Outras igrejas entraram na batalha de oração, como os irmãos da igreja dos quacres.

Aqueles crentes sofreram uma oposição muito grande. Na época os pasquins e tablóides ingleses acusavam os crentes anti-escravistas de promotores da ruína da economia. Mas, os protestantes não se intimidaram, continuaram perseverantes em oração e ação. em 1807 o congresso britânico, aprovou com 283 votos a favor e 16 contra, a lei que aboliu a escravidão no Reino Unido, proposta nove vezes por Wilberforce.

No momento em que o presidente do parlamento anuciava o resultado da votação, todos os congressistas puseram-se de pé e aplaudiram aquele homem de Deus, por vários minutos, que chorava com as mãos no rosto, agradecendo e golirificando a Deus.

A luta foi grande. A leitura que se fez dessa batalha, é que Deus consentiu essa demora, para que o sentimento de vitória fosse maior que as angústias, as perseguições, as afrontas e escárnios que enfrentaram ao longo do tempo. A decisão do congresso, mudou a cara e a atitude dos ingleses, em relação a escravidão. E, consequentemente, direcionou o mundo para um novo tempo, iniciando-o em políticas mais humanitárias e mais justas.

No próximo capitulo: A morte de John Newton. O grande incentivador de Wilberforce. A Inglaterra, passa a ser a guardiã dos mares, contra a escravatura no mundo.

Comente, e até lá.

sábado, fevereiro 14, 2009

Abolição: Uma Conquista Protestante - parte 2

Capítulo 2

Antes de ser um crente em Jesus, John Newton foi por muito tempo traficante de escravos. Levando-os da África para a Inglaterra e outros países da região. Um dia foi preso e tratado como escravo na África. Quando voltava para a Inglaterra, e o barco estava naufragando, ele pediu a Deus que o livrasse. Esse dia Newton o chamou de "a minha libertação". Passou a ler diariamente a Bíblia e a literatura evangélica, recomendando inclusive o livro de Thomas de Kempis: Imitação de Cristo. Passou a acompanhar os passos de Whitefield e a admirar as ações do famoso pregador John Wesley - fundador da Igreja Metodista. Quando foi ordenado pastor, dirigiu várias igrejas: Olney Parish Church e a Saint Mary, Woolnot, em Londres. Na sua primeira igreja, conheceu e ficou amigo do poeta inglês William Cowper. Os dois dirigiam os cultos e reuniões de oração. Juntos compuseram vários hinos, um para cada tipo de celebração. Em dezembro de 1772, Newton compôs Amazing Grace, apresentando em sua igreja no dia primeiro de Janeiro de 1773, no culto de celebração de ano novo.

Esse hino traduz o sentimento da nova alma de um homem que abandonou o tráfico de escravos para servir ao seu grande libertador. A cada vez que cantamos este hino, ratificamos o seu contexto histórico. Confirmamos o poder transformador da graça de Deus na vida das pessoas. John Newton, além de compositor, era um excelente pregador. Assistindo a seus vários sermões havia constantemente um um jovem de nome William Wilberforce (foto-1759-1833), membro da Câmara dos Comuns.

John Newton gostava de pregar sobre os temas: Juizo final, Glorificação de Cristo, Ressurreição, Paixão, e Nascimento. Durante a pregação de um destes sermões, ao terminar o culto, o jovem parlamentar inglês, Wilberforce procurou John Newton para um aconselhamento pastoral. Wilberforce externou o desejo de deixar a politica, para evangelizar o seu país. O pastor John aconselhou-o a continuar na política, porque Deus tinha plano de usá-lo para acabar com as injustiças sociais na Inglaterra. O exemplo deste grande servo de Deus, poderia (se quisessem) servir de protótipo de político-evangélico compromissado com a ética cristã. De um político que, embora tenha começado com métodos que no Brasil a justiça repudia, mas, que ainda não desapareceu da polítrica brasileira, que é a copilação de votos por meios ilícitos. Em troca de favores ou benefícios. Para conseguir o apoio popular, gastou o seu dinheiro mandando fazer um grande churrasco para o eleitorado do povoado, consquistando boa parte da população. Ainda não era crente em Jesus. Foi eleito aos 21 anos, e aos 24, já era um politico famoso em toda a Inglaterra. Wilberforce era de familia nobre. Estudou nas melhores escolas, Foi em Cambridge que "foi picado pela mosca azul" como dizem os polícos brasileiros (desejo consumado de entrar para a política). Era um orador espetacular! Por causa de um de seus discursos, conseguiu eleger-se parlamentar para Yorkshire, um dos maiores condados da Inglaterra.

Em Londres William Wilberforce era considerado um orador estraordinário e de grande futuro político. Nessa época o primeiro ministro era William Pitt. Amigo de infância que, chegou a dizer que Willberforce era o maior orador que ele já havia conhecido e dono de uma voz espetacular! O jovem parlamentar,sempre achava que Deus tinha um outro modo de olhar para ele. A sua vida teve grande influência de uma tia metodista, do ministério de George Whitefield, mesmo assim só veio a aceitar a Jesus mais tarde numa viagem.

Aos 24 anos foi para a França. Levou a mãe (Elizabeth), a irmã (Sally) uma amiga dela, e um amigo professor (Isaac Milner). Na bagagem desse professor havia um livro: The Rise and Progress of Religion in the Soul, de um famoso escritor inglês, Philip Doddridge, autor do hino Oh! Happy Day. Ao perguntar a seu amigo Milner que livro era aquele, Milner disse: É o melhor livro que já li. Leram juntos. Esse livro, a Bíblia Sagrada, associados às conversas com o amigo levaram Wilberforce a se firmar na vida cristã. Muitos desses grandes homens, possuíam um diário; que gradativamente foi cedendo lugar às fitas k-7, CDs, vídeos, pen-drives etc.

Com William Wilberforce não foi diferente e, em 1784, escreveu: "Condeno-me por ter perdido tempo precioso, oportunidades e talentos (...), não é o temor da punição que me afetou, mas um grande senso de culpa, por ter negligenciado por tanto tempo a misericórdia de meu Deus".

Comente, porque no próximo capítulo Wilberforce volta a Londres e ...

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Abolição: uma Conquista Protestante - parte 1

A maioria dos crentes, tem uma grande tendência a esquecer o passado. Em parte isto é compreensível, pela sensação de que termos uma nova vida. Esquecer o vazio, a angústia da incerteza de vida eterna com Deus. Não obstante, devemos sempre lembrar o que éramos, e o como hoje somos. Pela misericórdia de Deus fomos libertos e somente pela sua graça somos o que somos.

Deus criou o homem para ser livre. Esta é a razão do anseio de liberdade; a qual foi interrompida quando o homem deixou-se aprisionar pelo pecado. (Rm 6.4). Perder a liberdade, não implica ser encarcerado. Adão continuou livre fisicamente depois do seu erro. Mas, pressionado pela sua consciência, preferiu se esconder. Achou-se impedido de usufruir da liberdade que tinha com Deus. Perdeu a comunhão. A falta de liberdade espiritual, nos tira a paz, muito mais que a detenção física. Paulo e Silas estavam presos, mas, tranquilos, cantavam (At 16.19).

Jesus conhecedor da ansiedade do homem pela liberdade, pregou: "Se o filho do homem vos libertar, verdadeirametne sereis livres". Embora a prioridade desta mensagem seja espiritual; naqueles dias os judeus viviam oprimidos pela escravidão imposta pelos romanos, que dominavam a Judéia.
A principal proposta do Evangelho de Cristo é libertar o homem da escravidão! Um dos maiores constrangimentos dos cristãos do mundo contemporâneo, era ver o ser humano escravizado, também fisicamente.

A abolição da escravatura, foi uma conquista protestante. Poucas pessoas sabem, mas, foram os protestantes que conseguiram essa vitória. Lutando contra as forças políticas e econômicas daquela época. Isso não é relatado nos livros didáticos. Os feitos dos evangélicos mencionados nos livros de história, são limitados à Reforma protestante e, muitas narrativas resumidas, são anuladas pelo conteúdo da Contra-reforma. "Abolição: Uma vitória protestante", será o nosso tema para uma sequência de postagens. Vamos fazer disso a nossa "novela". A Globo não conta isso, mas com a graça de Deus vamos globalizar estes fatos, louvando a Deus com as palavras do salmista, "Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres". ( Sl 126.3)

Abolição: Uma vitória protestante!
Capitulo I.

No dia 18 de Fevereiro, os cristãos da Grã-Bretanha, Estados Unidos e Canadá, realizarão um grande culto em ação de graças em comemoração pela abolição da escravatura. Neste dia entoarão em suas igrejas o hino Amazing Grace (Maravilhosa Graça) de autoria do pastor John Newton (foto-1725/1807). Nos Estados Unidos e Inglaterra, esse dia é consagrado como o Amazing Grace Sunday.

Vivemos os dias maus, em que os homens procuram impor um outro modo de vida. Atores, filósofos liberais, Ateus, propagam ser a religião, o maior mal da humanidade. Dá para entender o porquê dos livros não dizerem nada sobre os grandes feitos conquistados pelo protestantismo. Para eles é importante omitir essa coisas.

A abolição da escravatura, é um dos mais importantes capitulos da história da humanidade. Ela não é de autoria dos humanistas ou dos Iluministas. Foi uma página da história escrita por nossos irmãos dos séculos XVIII e XIX e você precisa saber disso, para glorificar a Deus e dizer mais uma vez: Vale a pena ser CRENTE! Foram os crentes da Inglaterra liderados por John Newton e Wilberforce os responsáveis por essa grande proeza.

Em homenagem à data, a Aliança Evangélica Mundial, associada à Walden-media; lançou em 2007, o filme Amazing Grace- A história de Wilberforce - um jovem parlamentar britânico, sobre a abolição. É linda essa história. Vamos acompanhar e comentar.

(No próximo capítulo, Wilberforce, evangelizado pelo pastor John, quer deixar o parlamento inglês, para pregar o evangelho...)



terça-feira, fevereiro 10, 2009

Uma nova civilização 2

O professor luterano R. R. Reno, da Universidade de Creighton, na cidade de Omaha, Nebraska - Estados Unidos; lançou em 2002 o livro "Ruins of the Church: Sustainning faith in an age of diminished Christianity". (Ruinas da Igreja: Sustentando a fé em uma era de cristianismo depreciado). O experiente professor, chama à reflexão os cristãos, assim como seu mestre terreno (Lutero), para o seu estado de decadência espiritual, para o seu comodismo. Quando deveriam estar ocupando os espaços, aproveitando as oportunidades. Combatendo as astutas siladas do maligno, seus projetos, suas mentiras para instituir a sua "civilização".

As bases dessa "nova civilização", tem como princípios:
a) Toda proibição é proibida;
b) Toda repressão deve ser reprimida.
c) A única verdade é que não existe verdade.

A implementação dessa "civilização", é feita gradativamente, em etapas. Primeiro procura-se denegrir todo o passado. Incluindo os próprios antepassados. Os velhinhos não são tidos mais como reserva moral, mas, desatualizados e caretas. São desrespeitados! E assim buscam defeitos e irregularidades, apontam injustiças, embora fictícias. Criam uma necessidade por mudanças; inovando, criando novos paradígmas de igualdade e justiça, apoiados no relativismo. Ao tempo em que reinvidicam uma vida mais prazerosa. Olha o Hedonismo aí gente!

A segunda etapa, é um processo de conscientização da massa. Conclamá-la à organizar-se para novos experimentos. Algo mais aperfeiçoado, menos careta! E como isso vai pegar?

Tem-se a televisão. "Uma novela dá que chia", embora o televisor esteja só chiando, por falta de um simples ajuste na antena. entram em cena novos vocabulários, o marketing, as pesquisas mentirosas.

No dia seguinte, aquela cartilha virtual está nos mercados, nas praças, nas escolas nas igrejas, até alcançar todos os formadores de opinião da sociedade. Então vem a etapa final. A total demolição do passado. A cultura já foi uniformizada. Foi implantado um novo "senso comum", resta combater qualquer opinião contrária. É proibido proibir! Enfim estará proclamada "Uma nova civilização".

O cristão consciente sabe que tudo isso é construido em cima de um alicerce chamado mentira; e o fim é previsível. Quando procuram estabelecer que a "única verdade é que não existe verdade, estão tentando mudar a verdade de Deus em mentira (Rm 1.25). Já estão mentindo. Falam daquilo que é próprio (Jo 8.44). Tentam implantar uma sociedade obscura para esconder suas más obras. Escolhem a mentira como refúgio. "... Fizemos concerto com a morte, e com o inferno fizemos aliança; quando passar o dilúvio dos açoites (violência atual) , não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo falsidade nos escondemos." ( Is 28.15).

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Uma nova civilização!

O mundo cristão conhece Paulo, o escritor das cartas paulinas, na Bíblia Sagrada, como ele se apresenta, "Chamado para apóstolo". Também ficou conhecido pelos seus relatos como filósofo, e missionário. Poucos referem-se a ele como um profeta. Mas, quando paramos para uma relexão mais densa, podemos afirmar: Paulo um profeta de Deus! Inspirado pelo Espírito Santo, Falou dos dias futuros e do comportamento daqueles que influenciariam esse tempo. Escreveu também como deveria ser nosso (dos cristãos) relacionamento com tais pessoas.

Previu que haveriam seres humanos amantes de si mesmos (egoístas ou narcisitas) avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliábveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor, para com os bons. Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus. Tendo a aparencia de bonzinhos, religiosos, mas negando a eficácia dela.
O profeta Paulo, previu ainda, que esses tais, entrariam nas casas e levariam cativas mulheres nécias! (Esse 'cativar' não é 'prender' e sim ganhar a simpatia). Como isso seria possível? Através da televisão. (2.Tm 3.1-6) Paulo já escrevia para um mundo globalizado. Para sustentarmos a fé que professamos, Paulo nos deu a receita: Destes afasta-te! (v5). Literalmente é quase impossível. Estes estão na familia, na escola, e, com maior influencia, na gestão pública. Afasta-te espiritualmente, afasta-te não concordando com suas atitudes más.

Há alguns meses, eu vi e ouvi o governador do Rio de Janeiro, propor na televisão, a legalização do aborto, do jogo do bicho, a liberação das drogas e o casamento entre hossexuais. Usando da presunção, da soberba, do 'amar mais os deleites que a Deus', como Paulo previu, completou sua fala dizendo que, não estava preocupado com a pressão de líderes religiosos. Com absoluta certeza, ele não se referia ao Papa, (Por repudiar, pelo menos em suas mensagens, o homossexualismo). Ele sabe que, se perguntar não somente aos drogados, mas, tambem aos contraventores do jogo do bicho, aos assassinos de inocentes, que nunca gastaram nem a luz do dia, aos afeminados e aos pseudo-machões qual seria sua religião, certamente, na sua grande maioria, diriam ser a mesma do governador e do Papa.

O governador gosta de repetir: "É proibido proibir" ou então: "Proibir é hipocrisia." O povo brasileiro agora já tem a resposta para o aumento da criminalidade, que mudou a paisagem da outrora cidade maravilhosa. É proibido proibir o tráfico, os assaltos, os sequestros, os assassinatos etc.
Nós os cristão, temos que tomar vergonha na cara. Quantos de nós, cidadãos honestos, limpos, humildes, simples e dignos, somos 'cativados', entram em nossas casas via tv, e damos a eles o voto, sem nos preocuparmos com as suas propostas; se elas condizem com nossas atitudes e com a ética cristã que defendemos.

Destes, afasta-te!

Quando votamos numa pessoa, estamos ratificando seus projetos, suas
ações atuais e futuras. Na verdade, Sérgio Cabral, e muitos outros políticos, são defensores do liberalismo que tem empesteado o mundo ocidental. Atraindo miséria! Que o digam, os Estados Unidos e a Europa. Se aquele outro Cabral invadiu o Brasil, o atual, quer inventar uma "nova civilização"!

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

O Clamor das Pedras - Homenagem à irmã Zeza.

O escritor Lucas, descreve um dos episódios mais bonitos da vida de Jesus, aqui na terra. A entrada triunfal do Senhor em Jerusalém. A narrativa, se encontra no Capitulo 19 do evangelho segundo Lucas. Depois de dois de seus discipulos haverem tomado emprestado um jumentinho, o Mestre entrou na cidade, e o povo começou a bendizer o seu nome: "Bendito Aquele que vem em nome do Senhor! Gloria a Deus nas alturas, Paz na Terra. " Alguns invejosos da seita dos fariseus, gritavam dentre a multidão para o Mestre: "Repreende a teus díscupulos." Ao que Jesus respondeu: "Se estes se calarem, as próprias pedras clamarão!"

Podemos analisar o texto em vários aspectos. Mas, vamos apresentar somente dois, para uma compreensão mais rápida. Jesus, como de costume, respondeu a eles com mais uma de suas parábolas. Pela grandeza daquele evento, seria impossivel, o povo calar, e tampouco pedir-lhe que fizesse isso. Com certeza, os reclamantes não compreenderam. Talvez sorriram, zombaram e, mais uma vez usaram da sua peculiar incredulidade. Acharam impossível as pedras clamarem!
Outro aspecto é : entendermos o texto, tendo em mente o ide de Jesus. Sentimo-nos, no dever de pregar o Evangelho; nas cidades, povoados, aldeias, veredas, e fazer discípulos de todas as nações. Não podemos peder as oportunidades para falar do evangelho.

Aqueles judeus hipócritas (fariseus) nem lembraram que Deus fez uma jumenta falar, por causa da desobediência de um homem. O mais famoso rei judeu, que não viveu conforme a sua própria vontade, mas, segundo o coração de Deus, escreveu assim, em um dos seus Salmos, o de nº 19:
"Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das sua mãos. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes." (vs. 1 e 3 ). Neste sentido, quando temos uma oportunidade para falar do amor de Cristo à uma pessoa, logo nos vem à mente estas palavras. Não podemos calar! O silêncio daqueles que se calam, pode acontecer também, não somente por omissão, às vezes acontece pela dificuldade de penetração. Por falta de estrutura, ou até mesmo por problemas sócio-politicos. Mas, em todos esses obstáculos o Senhor espera que nos esforcemos para cumprirmos o seu IDE. Senão, ele usa qualquer coisa, das obras de suas mãos, até as pedras!

No início dos anos 40 vivia em um povoado chamado Vinagreira, no municipio da cidade centenária de União - Piauí, uma jovem branca de pele rosada, de família com boa situação econômica, (o pai era ourives, fabricante de jóias), fazendeiro e muito valente, e odiava os crentes.

Um dia apareceram por lá alguns servos de Deus, fazendo evangelização intinerante. Sem saber o risco que corriam suas vidas, falaram demoradamente do Evangelho de Cristo para a familia. O velho andava viajando à cavalo, em
desobriga, (comitiva que acompanhava padres fazendo casamentos e batismos católicos, pelos povoados e cidades vizinhas). Com muita atenção ,aquela jovem de nome Maria de Jesus e sua familia ouviram a mensagem.

Houve um longo periodo de silêncio. Nunca mais aqueles irmãos voltaram por lá... Aqueles "se calaram" só Deus sabe a razão. Passados vários anos, aquela jovem, nos anos mais bonitos da vida, foi nadar no rio com seus irmãos biológicos e achou uma linda pedrinha polida, com um formato encantador! Ao admirar aquela pedrinha veio à sua mente o seguinte comentário, que fez em alta voz: "É, certamente há esse Deus que os crentes falaram, porque, quem poderia fazer uma pedra maravilhosa como esta?" Com esse pensamento, passou todas as noites a falar com esse Deus: "Se o Senhor existir mesmo, e me ouvir, não deixe eu ir para o inferno." Mais alguns anos passaram-se, e conheceu um jovem, com o qual começou a namorar escondido. Decidiram fugir para uma outra cidade, e lá chegando se casaram e entregaram suas vidas para Jesus.

Viveu com seu esposo por 30 anos, quando o Senhor o levou. Tem servido a Jesus, como dirigente de círculos de oração em várias ocasiões e congregações da Assembléia de Deus em Teresina. Por revelação divina, foi a responsável pela fundação da Congregação da Assembléia de Deus no bairro de Buenos Aires, nesta capital, no ano de 1964. Congregação mãe de mais 11 outras congregações. A irmã Maria de Jesus Coelho Santos, (irmã Zeza) é mãe do irmão Nilson Coelho, presbítero da AD em Teresina.

Irmã Zeza completou no ultimo dia 27 de Janeiro 80 anos. São 60 anos servindo ao Senhor. Não duvide: Se você se calar, as pedras clamarão! (Lc 19.40) .

Deus te abençoe irmã Zeza e a todos que amam a Palavra do Senhor.

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Protestantes x Evangélicos:Qual a diferença?

Tenho recebido alguns e-mails procurando saber qual a diferença entre evangélicos e protestantes. O termo protestantes surgiu com a ruptura no seio da Igreja do século XVI. Os reformadores Martinho Lutero, Calvino e outros foram pejorativamente apelidados assim, por haverem publicado suas teses, contrárias à doutrina católica de então, entre elas a venda de indulgências.

Entre aqueles que podemos chamar de protestantes, poderíamos incluir até os ortodoxos. Eles foram os primeiros a protestar, (não aceitam a soberania humana papal) e não são evangélicos; são apenas separados do Vaticano, com pequenas variações no geral.

Há também os anglicanos, e episcopais, que surgiram na Inglaterra, os quais se separaram do Vaticano, mas guardam rituais parecidos. Dessa forma, apenas parte dos protestantes são evangélicos; pelos menos na forma como utilizamos o termo, para designar esse segmento cristão.

Da mesma forma, as atuais denominações evangélicas diferem em muito das seculares, até por entenderem que os suas origens não tiveram nenhuma relação com a reforma protestante. Ainda que se tenha convencionado chamar indistintamente evangélicos de protestantes, ou vice-versa; de modo geral, o mais correto seria chamar evangélicos e protestantes, de Cristãos. Até porque foi esse o nome que, deram aos nossos irmãos em Antioquia (At 11.26). Agora, o importante é protestar, à luz do Evangelho. Não podemos nos calar. Se calarmos, as pedras clamarão (At 19.40). E Paulo ainda escreveu:

Não sejais cúmplices nas obras infrutíferas da carne, antes reprovai-as (Ef.5.11).

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Desperta Brasil!

Quando eu era criança, o meu pai (já falecido) costumava ouvir um programa de rádio de uma Igreja evangélica, que tinha como característica, ou prefixo, um hino que diz assim: DESPERTA BRASIL, BRASIL... tá na hora de orar... etc., anunciando os objetivos do programa: Despertar o país, para orar e buscar a Deus. Se essa mensagem é para os descrentes, para nós que já fomos atigindos pela Graça de Deus e somos brasileiros natos (cidadãos da terrinha e dos céus), temos o dever de nos despertar muito mais.

A palavra PROTESTANTES desapareceu de nossos curriculos. Somos EVANGÉLICOS, e pronto! Se bem que alguns teólogos, escritores e comentaristas fazem uma distinção entre as duas palavras. Mais qual é mesmo a diferença? No século XVI, quando Lutero, certamente movido pelo Espírito Santo, se indignou contra os atos da igreja que seguia e publicou suas teses, foi taxado de protestante. Assim, todos que acompanharam seu pensamento e aceitaram os seus sermões, passaram a ser conhecidos pelo mesmo nome.

Fizeram de tudo para apagar da face da terra esse movimento. Apelidaram-no de Reforma Protestante, quando deveria (se acatado pelos desviantes da doutrina) ser chamado de A Reforma da Igreja. Instituiram tribunais denominando-os de santos, como se Deus fosse injsto para não reconhecer o trabalho do seu povo. Não conseguiram, porque os protestantes tinham em mente as palavras de Gamaliel: " Se for de Deus, prosperá"( At 5.34-40), e de Cristo revelando-se a João:"Eu sou Aquele que abre e ninguém fecha, e, fecha e ninguém abre." Então passaram a usar o pé de lã, "Protestar é pura intolerância religiosa". Atualmente é difícil encontrarmos um crente! Somos todos evangélicos. É mais light. A nossa suavidade é tanta que passamos a aceitar quase tudo. Qualquer nojento diz na Tv que é evangélico, e pronto de novo!

Não protestamos mais nada. Não somos cabeça, como Deus planejou, somos caudas (arrastadas por cérebros malignos que nos obrigam a patrocinar com nosso dinheiro seus projetos malditos. Patrocinar sim, porque de tudo que consumimos, 51% são impostos!

Para não puxar muito por sua memória, vamos aos fatos mais recentes. Começaram pagando com, o nosso dinheiro suado, publicidade incentivando promíscuos a usarem camisinhas, e drogados a usarem seringas. E o pior, material comprado com nosso Real furado. Não precisamos nem mencionar os patrocínios institucionais de carnavais, paradas e seminários para homossexuais. Agora pasmem... O governo PreTencioso, através do ministério da saúde, acaba de autorizar mais uma tempestade imoral. A compra de 15 milhões de potes de vaselina para os gays transarem mais confortavelmente. Dá até pra desconfiar que tem gente lesgislando em causa própria.

Eu sei que há muitos remanecentes ainda, tais quais aqueles que Deus disse para Elias quando o mesmo pensava que estava só. E esses não tem oportunidade de se expressar, de ser ouvidos. Infelizmente votaram e continuarão a eleger "representantes" que se dizem evangélicos, principamente para a câmara federal, que vão às nossas Igrejas, sentam em nossas tribunas, abrem uma Bíblia empoeirada, dão umas pancadinhas nas costas e as vezes massageiam o bolso de alguns dirigentes, surrupiam o voto dos devotos e depois votam contra a lei seca, só porque são proprietários de restaurantes e pizzarias às margens de alguma rodovia federal.

Desperta Brasil Cristão, não somente para orar, mas para lutar por um país mais justo, mais sério. Que respeite todos os segmentos da sua sociedade. Somos mais de 30 milhões de protestantes, crentes e evangélicos. O apóstulo Pedro deu o tom há muito. "Mais importa obedecer a Deus que aos homens!" (At 5.29).