sábado, fevereiro 14, 2009

Abolição: Uma Conquista Protestante - parte 2

Capítulo 2

Antes de ser um crente em Jesus, John Newton foi por muito tempo traficante de escravos. Levando-os da África para a Inglaterra e outros países da região. Um dia foi preso e tratado como escravo na África. Quando voltava para a Inglaterra, e o barco estava naufragando, ele pediu a Deus que o livrasse. Esse dia Newton o chamou de "a minha libertação". Passou a ler diariamente a Bíblia e a literatura evangélica, recomendando inclusive o livro de Thomas de Kempis: Imitação de Cristo. Passou a acompanhar os passos de Whitefield e a admirar as ações do famoso pregador John Wesley - fundador da Igreja Metodista. Quando foi ordenado pastor, dirigiu várias igrejas: Olney Parish Church e a Saint Mary, Woolnot, em Londres. Na sua primeira igreja, conheceu e ficou amigo do poeta inglês William Cowper. Os dois dirigiam os cultos e reuniões de oração. Juntos compuseram vários hinos, um para cada tipo de celebração. Em dezembro de 1772, Newton compôs Amazing Grace, apresentando em sua igreja no dia primeiro de Janeiro de 1773, no culto de celebração de ano novo.

Esse hino traduz o sentimento da nova alma de um homem que abandonou o tráfico de escravos para servir ao seu grande libertador. A cada vez que cantamos este hino, ratificamos o seu contexto histórico. Confirmamos o poder transformador da graça de Deus na vida das pessoas. John Newton, além de compositor, era um excelente pregador. Assistindo a seus vários sermões havia constantemente um um jovem de nome William Wilberforce (foto-1759-1833), membro da Câmara dos Comuns.

John Newton gostava de pregar sobre os temas: Juizo final, Glorificação de Cristo, Ressurreição, Paixão, e Nascimento. Durante a pregação de um destes sermões, ao terminar o culto, o jovem parlamentar inglês, Wilberforce procurou John Newton para um aconselhamento pastoral. Wilberforce externou o desejo de deixar a politica, para evangelizar o seu país. O pastor John aconselhou-o a continuar na política, porque Deus tinha plano de usá-lo para acabar com as injustiças sociais na Inglaterra. O exemplo deste grande servo de Deus, poderia (se quisessem) servir de protótipo de político-evangélico compromissado com a ética cristã. De um político que, embora tenha começado com métodos que no Brasil a justiça repudia, mas, que ainda não desapareceu da polítrica brasileira, que é a copilação de votos por meios ilícitos. Em troca de favores ou benefícios. Para conseguir o apoio popular, gastou o seu dinheiro mandando fazer um grande churrasco para o eleitorado do povoado, consquistando boa parte da população. Ainda não era crente em Jesus. Foi eleito aos 21 anos, e aos 24, já era um politico famoso em toda a Inglaterra. Wilberforce era de familia nobre. Estudou nas melhores escolas, Foi em Cambridge que "foi picado pela mosca azul" como dizem os polícos brasileiros (desejo consumado de entrar para a política). Era um orador espetacular! Por causa de um de seus discursos, conseguiu eleger-se parlamentar para Yorkshire, um dos maiores condados da Inglaterra.

Em Londres William Wilberforce era considerado um orador estraordinário e de grande futuro político. Nessa época o primeiro ministro era William Pitt. Amigo de infância que, chegou a dizer que Willberforce era o maior orador que ele já havia conhecido e dono de uma voz espetacular! O jovem parlamentar,sempre achava que Deus tinha um outro modo de olhar para ele. A sua vida teve grande influência de uma tia metodista, do ministério de George Whitefield, mesmo assim só veio a aceitar a Jesus mais tarde numa viagem.

Aos 24 anos foi para a França. Levou a mãe (Elizabeth), a irmã (Sally) uma amiga dela, e um amigo professor (Isaac Milner). Na bagagem desse professor havia um livro: The Rise and Progress of Religion in the Soul, de um famoso escritor inglês, Philip Doddridge, autor do hino Oh! Happy Day. Ao perguntar a seu amigo Milner que livro era aquele, Milner disse: É o melhor livro que já li. Leram juntos. Esse livro, a Bíblia Sagrada, associados às conversas com o amigo levaram Wilberforce a se firmar na vida cristã. Muitos desses grandes homens, possuíam um diário; que gradativamente foi cedendo lugar às fitas k-7, CDs, vídeos, pen-drives etc.

Com William Wilberforce não foi diferente e, em 1784, escreveu: "Condeno-me por ter perdido tempo precioso, oportunidades e talentos (...), não é o temor da punição que me afetou, mas um grande senso de culpa, por ter negligenciado por tanto tempo a misericórdia de meu Deus".

Comente, porque no próximo capítulo Wilberforce volta a Londres e ...

Um comentário:

  1. Nilson seu blog e muito bom, e fico feliz em saber que Deus tem levantado pessoas pra despertar outras pessoas!

    Deus Abençoe

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