domingo, fevereiro 22, 2009

Abolição: Uma Conquista Protestante - parte 7

Capítulo Final.

A abolição da escravatura não mudou de imediato, a vida dos quase um milhão e meio de escravos no Brasil. Não foi com um estalar de dedos da princesa regente, ou no afogar da pena no tinteiro para assinar aquele papel com o brasão do império, que aqueles brasileiros passaram a viver em um paraíso.

No Brasil de negros livres, as fórmulas sociais e étnicas as quais formaram a nossa população, aconteceram a longo prazo. Muitos dos agora trabalhadores mantinham um relacionamento afetuoso com a familia dos patrões e preferiram se manter nas fazendas, livres dos castigos corporais, a troco de pão e circo. Passaram a ser chamados os "criados e criadas"

Outros que mantinham somente uma relação de trabalho, foram postos fora da fazenda, diante da obrigação imposta pela autoridades de pagamento dos trabalhos executados. Nem todos puderam ser uma Chica da Silva. Para estes, largados à própria sorte, sem estrura familiar, sobrou-lhes a mendicância.

Vale a pena repetir que os livros de história também não contam con detalhes, pelo menos até ao ensino médio, o desfecho da luta pela abolição. Na sessão do dia 08 de maio de 1888, da Câmara dos Deputados, uma Terça-feira, o ministro da agricultura do império, Sr. Rodrigo Silva, leu o projeto de lei de autoria do governo, no plenário em nome do Imperador D. Pedro II. Era muito suscinto. Havia dois artigos.

Art.1º - É declarada extinta a escravidão no Brasil.
Art.2º - Revogam-se as disposições em contrário. em nenhum de seus parágrafos a lei previa qualquer indenização, aos donos de escravos.

No dia 13 de maio de 1888 num belíssimo dia de domingo, a princesa Isabel, regente do império brasileiro, sancionou a lei 3.353, que ficou conhecida simplesmente como a Lei Áurea, dando liberdade a todos os escravos no Brasil. Assim como nossos irmãos protestantes da Inglaterra, Canadá e Estados Unidos, influenciaram e incentivaram os missionários estrangeiros no Brasil, a lutarem pela abolição, quando essa se concretizou em nosso país, houve grande repercussão no mundo. Em 1894, a Coréia abria as portas da liberdade para seus escravos. Seguidos por China em 1910 e Nepal em 1921, Irã em 1928, África e Etiópia em 1943, Qatar e Yemem em 1962; Emirados Árabes 1963, Oman 1970 e Mauritânia 1980.

É evidente que o trabalho escravo ainda existe em todo o mundo. Também no Brasil essa falta de vergonha, de amor ao próximo e temor (respeito) a Deus, ainda acontece. Quem não ama, também não respeita.

O apóstolo Paulo disse que cada trabalhador tem direito a receber conforme o seu trabalho. I. Co 3.8.

Diante do pouco que vimos nesta série, Abolição: Uma conquista protestante, concluímos que muitos fatos desse câncer chamado escravatura, ainda estão debaixo do tapete ou detrás dos panos como diria minha avó. Concluímos também que esta história precisa ser reescrita. Se fizessem isto, com absoluta certeza, apareceriam aqueles como Wilberforce, que derrotado oito vezes consecutivas no parlamento, imaginava-se impotente, mas, a Palavra de Deus dizia-lhes aos ouvidos: "diga o fraco eu sou forte" (Os 2.10). E Deus o fez vencedor!

No início de 2007, a revista Veja publicou uma matéria sobre o cientista americano Francis Collins, diretor do projeto Genoma. Na entrevista, Collins rebateu aos cientistas ateus, por terem dito que a fé faz mais mal ao mundo que bem. Francis Collins jogou-lhes na cara a memória de Wilberforce, que pela força da Fé Cristã, mudou o mundo para melhor.

Mais uma vez temos que abrir o diário de Willberforce, e mostrar mais esta pérola: "Devo confessar que minhas e próprias esperanças pelo bem-estar do meu país não dependem de seus navios e exércitos; nem da sabedoria de seus governantes, ou ainda do espírito de seu povo, mas sim da capacidade de persuasão de todos aqueles que amam e obedecem ao Evangelho de Cristo".

Nós os protestantes, crentes e evangélicos, não idolatramos ninguém. A idolatria é pecado. A Biblia diz que é como o pecado de feitiçaria. Mas, cabe aqui dizermos: Aonde estavas tu Gandhi?

Agora não nos basta cantar somente Amazing Grace, o hino estandarte na luta pela abolição. Em homenagen aos nossos irmãos, devemos também cantar: Vale a pena ser Crente! Amém?

Maranata! ora vem Senhor Jesus.

2 comentários:

  1. Irmão Nilson realmente seu blog se torna mais interessante a cada dia continue defendo a nossa fé cristã com amor, como tem feito!!! A paz do Senhor!!!!!!
    Irmão Jefferson-1° do Buenos Aires

    ResponderExcluir
  2. Parabéns pela excelênte série deposts sobre a abolição. Informações como essas pecisariam ser mais divulgadas. Já que em geral são omitidas dos livros de história é preciso que nós as divulguemos. Este esforço é muitíssimo válido. Proporei que esses posts sejam discutidos em nossa EBD na data comemorativa da abolição. Graça e Paz!

    ResponderExcluir

Todos os comentários serão lidos. Pode-se concordar ou discordar neles, mas sempre com respeito. Todos esses serão publicados.